Numa altura em que se discute o aparecimento de criminalidade violenta em Tomar, precisamente devido a dois episódios em sábados consecutivos, Anabela Freitas, presidente da Câmara, referiu, em recente reunião do executivo, que tanto a Polícia de Segurança Pública como a Guarda Nacional Republicana deram conta de que «não há um aumento» no número de crimes. Com efeito, após consulta aos dados da Pordata, houve registo para 958 crimes em Tomar durante o ano de 2021, indicador que é o segundo mais baixo dentro dos últimos 12 anos. Em 2012, por exemplo, a fasquia subiu às 1628 ocorrências reportadas pelas autoridades. No entanto, as preocupações podem subir de tom se se tiver em consideração que, no Médio Tejo, Tomar é o segundo concelho mais inseguro, com 26,2 crimes por cada 1000 habitantes. Só a Sertã tem o pior indicador, com 30,8. Já no distrito de Santarém, a Lezíria do Tejo é, claramente, a região com mais crimes reportados: Benavente lidera este ranking indesejado, com 36,1 crimes por 1000 habitantes, seguindo-se Salvaterra de Magos (33,4) e Rio Maior (31,8). A lista distrital é fechada por Sardoal (18,4), Ferreira do Zêzere (17,7), Abrantes (16,5), Constância (15,7) e Vila de Rei (14). Quanto à atualidade de Tomar, importa acrescentar que Anabela Freitas referiu que a PSP deixou a garantia de que iria «tentar» o reforço de meios, em particular aos fins-de-semana: