A redacção da Hertz foi contactada por uma encarregada de educação de um aluno que frequenta a EB D. Nuno Álvares Pereira, em Tomar, contacto esse onde ficaram expressas preocupações em torno da propagação da pandemia em contexto escolar, sendo que o concelho, recorde-se, já teve registo recente para infecções confirmadas numa educadora do jardim-de-infância Raul Lopes e ainda numa professora de uma turma de 3º ano da escola Santa Iria. Luísa Martins, a referida encarregada de educação, quis chamar a atenção para o facto de «não estarem a ser realizadas medições de temperatura à entrada da escola:
Contatada pela Hertz, a diretora do Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria, do qual faz parte a EB2.3 Nuno Álvares Pereira, confirmou que, efectivamente, a temperatura não é medida. Celeste Sousa referiu à nossa redacção que a decisão se baseia numa diretiva do Ministério da Educação, pelo que os alunos procedem apenas à desinfeção das mãos. Com efeito, o referencial da Direcção-Geral da Saúde destinado ao controlo da transmissão da covid19 em contexto escolar não deixa margem para dúvidas: «A medição de temperatura não é obrigatória nem é uma medida recomendada. Qualquer pessoa, aluno ou pessoal docente ou não docente, que frequente o estabelecimento de educação ou ensino deve vigiar o seu estado de saúde e não se deve dirigir para lá se verificar o aparecimento de sintomatologia, entre a qual se encontra a febre. Além disso, em 19 de maio de 2020, a Comissão Nacional de Proteção de Dados pronunciou-se relativamente à recolha de dados de saúde nas escolas, referindo que esta só pode ocorrer se houver manifestação explícita de vontade por parte do aluno, ou do encarregado de educação, e não houver consequências para a sua não aceitação».
