A Comissão de Utentes do Médio Tejo (CUMT) realizou, no edifício da Junta de São João Batista, um oportuno debate sobre o estado dos serviços públicos neste concelho do Médio Tejo. Na realidade, esta iniciativa foi a primeira de uma série de outras que a CUMT pretende dinamizar na cidade nabantina, de modo a avaliar a qualidade dos serviços públicos prestados às populações, e propor medidas que contribuam para a sua progressiva melhoria. De facto, entre as diversas matérias agendadas, os participantes tiveram a oportunidade de refletir e debater três grandes áreas temáticas, nomeadamente: as limitações do SNS e os problemas verificados no setor educativo e no domínio ambiental. Neste contexto, no âmbito da saúde, foram destacados os constrangimentos do Serviço de Urgências do Hospital de Tomar; a necessidade de implementar a medicina Física e Reabilitação nesta unidade hospitalar; e os atrasos nas respostas dadas aos utentes (por via telefónica e presencial) pelas USF concelhias. Também na área da saúde, foram abordadas matérias como a importância de realizar campanhas preventivas (por exemplo, de vacinação e sinistralidade rodoviária); a falta de articulação das políticas dos Ministérios da Saúde e Segurança Social; e a melhoria da oferta da Saúde Oral disponibilizada aos utentes do concelho. Por sua vez, no setor da educação, os “debatentes” sublinharam a inexistência da Carta Educativa concelhia, um documento estratégico que funciona como “farol” das políticas educativas; manifestaram preocupação com o futuro da Escola Profissional de Tomar; e inquiriram sobre o projeto conjunto da CMT/IPT relativo ao Centro de Conhecimento e Valorização de nível científico, tecnológico e gestionário. Por último, na dimensão ambiental, os intervenientes salientaram os problemas dos focos de poluição do Rio Nabão, os quais são oriundos de concelhos vizinhos, sendo urgente a APA, GNR e SEPNA adotarem medidas corretivas; e criticaram a sugestão dada pelo ICNF à autarquia, no sentido da CMT “cobrar entradas” na Mata dos Sete Montes, para recuperar o investimento que está a fazer neste histórico parque natural de Tomar.