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TOMAR – Cidadãs terão sido confundidas com mulheres responsáveis por diversos furtos na cidade e agora dizem-se alvo de racismo

Duas cidadãs tomarenses, que residem no acampamento do Flecheiro, queixam-se de terem sido discriminadas por serem de etnia cigana e apontam o dedo à Polícia de Segurança Pública. Para explicar o sucedido é necessário recuar até esta segunda-feira. Pelas 17 horas, as referidas cidadãs, acompanhadas por duas crianças, dizem ter tentado entrar numa loja situada na Corredoura mas que essa intenção foi travada uma vez que as funcionárias do dito estabelecimento entenderam fechar a porta. Foram, então, para outro local mas quando voltaram a passar pela mesma loja depararam-se com a porta aberta e resolveram entrar. A verdade é que pouco depois havia registo para a presença da Polícia de Segurança Pública, a quem as cidadãs acusam de “barrado” a saída do estabelecimento. Eis o testemunho de uma das cidadãs visadas, num exclusivo da Hertz:

Almerindo Lima, um dos rostos mais visíveis do acampamento do Flecheiro, também à Hertz, não deixou de lamentar este episódio, considerando que as cidadãs em causa “pagaram” pelos furtos que outras mulheres, que chegaram ao acampamento há relativamente pouco tempo – provenientes de Camarate (Lisboa) – têm cometido em diversos espaços comerciais da cidade:

Entretanto, a Hertz apurou junto da Divisão Policial de Tomar que, com efeito, houve um alerta «por parte do dono do estabelecimento em torno de um possível furto», algo que, efectivamente, não se confirmou. Aliás, a Hertz esteve no referido espaço comercial na manhã desta terça-feira e foi transmitido à nossa reportagem que «se tratou de um lamentável mal-entendido». Importa referir que, de facto, esta loja – bem como outras da Corredoura – foram alvo de furtos mas de outras mulheres que residem no acampamento do Flecheiro e que chegaram à cidade há alguns meses. Apesar de já terem sido identificadas pelas autoridades, a verdade é que continuam a roubar com frequência.