Partido Social-Democrata e Independentes concordam com a chegada do «Pingo Doce» a Tomar… mas não a qualquer preço, especialmente quando, alertam, está em causa a segurança dos cidadãos que passarem na Nacional 110, em frente ao Regimento de Infantaria 15, onde será edificada aquela superfície comercial. O vereador António Jorge, do PSD, não teve dúvidas em dizer que a autarquia parece ser «refém de uma negociata»: «Nós temos as nossas regras de rodoviária e segurança e os nossos munícipes estão em causa. Eles aparecem com a maquete, é aqui que querem, é por aqui que entram e saem, quer dizer… julgo que será quase assim. O retorno sabe-me a pouco. E estamos a negociar. Se estamos a negociar um empréstimo para a habitação não podemos aceitar tudo aquilo que o gestor quer. Por isso, estamos reféns desta negociata. É esta a ideia que transparece».
Pedro Marques, dos Independentes, também não escondeu o desconforto com a futura instalação do «Pingo Doce», alertando para o impacto negativo que aquela colocação terá na circulação rodoviária: «Quero deixar claro que concordo com este investimento mas não naquele local. Lembro-me que, há vinte e tal anos, o «Intermarché» teve que fazer aquele acesso por baixo e não pela Nacional. Como é que o trânsito fica ali, em fila, com uma faixa de rodagem a subir?! O grande problema ali são mesmo as acessibilidades. A população de Tomar que for para a estrada das Calçadas, como é que o trânsito escoa e como é que entra naquele espaço? O vereador Rui Serrano diz que já houve despacho a aprovar isto e aquilo mas nós não tivemos conhecimento disso. E esse despacho, quer se goste ou não, tem que vir à reunião de Câmara».