Foi um dos maiores edifícios da região, quando nasceu o associativismo em força, pós 25 de Abril e o falecido Lino Arsénio Ribeira na altura conseguiu mais de 90% do investimento e após o mesmo conseguido, alguns “cucos do sistema” logo começaram a ditar as suas leis, e meter ovos no ninho que outros fizeram. Tem tido esta casa, várias direcções, quase que chegou aos 600 sócios em que mais de 60% se esquece de cumprir as suas obrigações e tem tido uma actividade cultural com altos e baixos. Presentemente precisa de obras e vai daí a direcção presidida por Fernando Nunes se lembrou à falta de comissão da festa, avançar com a sua realização, e os lucros serem só e só para o edifício, que precisa de avultados investimentos. Local de ensaio do rancho às sextas-feiras e onde o mesmo tem feito grandes festivais, o seu bar no 1º andar, cozinha industrial, salão das traseiras aberto, cozinha industrial tem uma utilização residual, ou seja está fechado às moscas.
Alviobeira é conhecida pela terra dos cafés, e dos restaurantes. Come-se bem em Alviobeira e a terra tem vida graças a isso. Quando os cafés estão fechados de folga, é uma pasmaceira. A fama e a realidade dos serviços de refeições levam que de Tomar e arredores todos os dias se desloquem clientes à terra. E um dos melhores restaurantes/cafés que emprega uma família e que atrai, pela qualidade dos seus pratos e da dinamica de quem o gere, mais clientes, vai fechar ou melhor mudar de gerencia por quebra de contrato de aluguer, por parte da dona. Vai daí e perante a iminência do Café da Amizade passar a ir para outro lado que não a aldeia, alguém alvitou a hipótese de concessionar o 1º andar do bar restaurante do Centro Recreativo. A direcção na sua grande aceita a ideia e viu nisso uma possibilidade de rentabilizar o espaço, dar-lhe vida diária, ter dinheiro para obras e promover a cultura e o recreio e o palco/salão continuam fazer a sua função. Mas numa terra que nada tem ou muito pouco a nível de apoio aos idosos e, em que um dia Fernando Nunes se viu impedido por meia dúzia de ali instalar um Centro de Dia, logo começaram as manobras de intoxicação da legalidade de concessionar e como cabe aos sócios por maioria decidir, dia 31 de Julho vai haver assembleia geral para decidir. Aí só aos sócios, com quotas em dia, riscam e cabe-lhes decidir.
Seria uma boa opção. Tanta associação faz o mesmo. A Cas do Concelho de Tomar em Lisboa, tem há anos concessionado o bar/restaurante, aluga salões para actividades e um bar/pub os Templários, alugado. Se não fosse isso já tinha fechado as portas. A nível da legalidade da função de licenciamento e alvarás sabe-se que só sócios podem frequentar esses locais ou a convite dos sócios.
Quem tem medo de no Centro Funcionar um bar/restaurante concessionado?
Seria bom relembrar que dia menos dia, ou mês menos mês impedia a junta de freguesia e a câmara de fazer obras de modernização, obrigatórias, por falta de caderneta predial e direito de propriedade de um mercado que já utiliza há perto de quarenta anos e se que nunca se tenha usado do direito de usucapião, Alviobeira pode ficar mais pobre, assim como ficará se os sócios dia 31 de Julho não votarem para que a família Viegas, ou outra família, puderem alugar o espaço e o edifício ter alguma rentabilização, Cabe à direção do Centro obter o voto maioritário dos sócios e, aos associados exercer esse seu direito, não dando alguns ouvidos a boatos ou profetas da desgraça que não veem que quanto mais movimento a aldeia tiver, todos ganhamos e que alugar ou concessionar não o perder o edificio nem as rédeas da sua direcção!
António Freitas