Início CULTURA TOMAR – Centro Recreativo de Alviobeira comemorou 43º aniversário

TOMAR – Centro Recreativo de Alviobeira comemorou 43º aniversário

O Centro Recreativo de Alviobeira, do concelho de Tomar, comemorou o seu 43º aniversário, com salão cheio de sócios e não sócios, num almoço convívio e com muitos convidados, num total a rondar a centena e meia de presenças. É sempre salutar comemorar esta data aniversariante de um “casa” e recordar, ou alguém reviver a história real do nascimento da Associação, pela voz sábia e com experiência, da viúva de um dos fundadores (Manuel Leal) a Dª Gracinda Dias e recordar o papel que teve Lino Arsénio Ribeiro, ao constituir uma associação, candidatando-se a subsídios estatais que o pós 25 de Abril começou a dar e, ter tido uma visão global, ou seja ter entre os 10 fundadores, consoante a área dos lugares de cada lugar um ou dois sócios fundadores, de cada lugar, como forma da primeira Associação da Freguesia, que ia ter um edifício, no antigo terreno “passal do padre” que iria ser vendido e que o povo, puxou a si, dado a casa paroquial ter sido construída (pelas duas paróquias) na paróquia dos Casais e canonicamente a nível de paróquias o pároco sempre paroquiou e paroquia as duas paróquias. O fim ou finalidade de Lino Arsénio Ribeiro, era de ter um centro recreativo e um Centro de Dia, o que jamais se conseguiu e nesse capítulo as ideias não passaram de sonhos utópicos e em Alviobeira “morremos na praia” e vimos à volta nascer a partir das Associações Recreativas, como por exemplo Igreja Nova, Centro de Dia e hoje grandes instituições com Lar. Valeu-nos no capítulo da saúde a visão de um grande autarca – Fernando Nunes que conseguiu ” puxar para a terra” o único Centro de Saúde estatal da União de Freguesias e que deveria ser o único Centro de Saúde na verdadeira acepção da palavra a funcionar! Voltando ao aniversário, foi bom recordar e ouvir alguns versos desta autodidacta a Dª Gracinda que aqui fez a sua vida e criou as filhas depois de deixar a sua freguesia os Chãos e, ter escolhido com seu marido, Alviobeira como sua terra. A terminar os discursos oficiais – o rancho folclórico e etnográfico de Alviobeira, que é uma associação independente e com estatutos próprios e direcção, mas como reconhece e bem, esta que sempre foi a sua “casa” e o é, – o palco onde deu os primeiros passos e onde tem feito um trabalho notável de, não nos presentear com danças folclóricas, mas como uma peça teatral dos anos 80 ao virar do milénio, com encenação dos almoços para angariar fundos, os bailes, ou seja acções para angariar fundos para a “casa se ir fazendo” e apetrechando.

“Tende entre vós a mesma linguagem”

Nenhum dos sócios fundadores já está vivo, dezenas de direcções deram e dão o melhor à causa associativa e quando o padre Mário Farinha Duarte, que nos presenteou com a sua visita, e que teve que usar da palavra a convite, depois do Padre Sérgio Santos o pároco da freguesia e que o “rendeu” nestas paróquias, ter comido à pressa que o trabalho pastoral das três freguesias é intenso e há quase funerais nas três paróquias, mais que uma vez por semana, usou da sua palavra e recordando o evangelho deste dia disse, parafraseando o apóstolo S. Paulo ” tende entre vós a mesma linguagem”, esta comunidade como qualquer comunidade alicerçada nos valores faz a diferença, sozinhos acabamos por morrer na praia, está-se bem em Alviobeira, vive-se bem em Alviobeira!” e, não esqueceu quando nos anos que aqui foi o pároco, quando a realidade politica administrativa era diferente em termos de ser duas freguesias e elogiou o papel e bom trabalho de tratar a freguesia como “una” do presidente da Junta da União d e Freguesia de Casais e Alviobeira – João Luís Alves. Anabela Freitas, presidente da Câmara, presente, recordou que há quatro anos, não vinha aos convites do aniversário e nas suas palavras de incentivo e elogiou à direcção e direcções passadas, referiu. “Eu entendo que as associações tem um papel importantíssimo, naquilo que é a questão social, não é pela actividade que faz mais ou menos actividades, isso é importante mas é pela âncora social e intergeracional que pode gerar nos territórios”. É um facto e é uma pena que estas instalações, para além dos aniversários anuais ou outros eventos, não se aposte em aqui virem os autarcas e a Assembleia Municipal reunir, descentralizando o que se faz sempre em Tomar e ouvir os autarcas eleitos mas também o povo e os jovens! Estamos em pela receção demográfica, perigosa demais, com um envelhecimento e despovoamento a crescer em flecha e a Câmara e um PDM que não deixa crescer, nem construir na área de Alviobeira, uma rede de esgotos que não avança um milimetro e, nas últimas décadas já levou que mais de duas dezenas de casais jovens deixassem de poder viver onde nasceram, cresceram e estudaram as primeiras letras e, sejam obrigados a partir e sem “vida nova” não há associação que resista, nem aldeias. Hoje em Alviobeira nem uma mercearia aberta onde se possa comprar um pacote de leite há!

Presentes neste almoço de aniversário o presidente da Assembleia Municipal – José Pereira – o presidente da Casa de Tomar em Lisboa, Carlos Galinha, que usaram da palavra, bem como o presidente da Assembleia geral e da direcção do Centro – José Júlio Marques e Carlos Silva e o presidente da Junta – João Luís Alves. O almoço, como sempre, pela mão cheia da cozinheira de serviço – Cidália Antunes, um bacalhau no forno estava divinal e o mega bolo de aniversário foi no final partido e cantados os parabéns. António Freitas