A Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP) do Centro Hospitalar do Médio Tejo, em parceria com o CASTIIS – Cuidar de Quem Cuida, organizou a iniciativa “𝐃𝐢𝐚 𝐀𝐛𝐞𝐫𝐭𝐨 – 𝐂𝐮𝐢𝐝𝐚𝐫 𝐝𝐞 𝐐𝐮𝐞𝐦 𝐂𝐮𝐢𝐝𝐚”, no âmbito de um projeto promovido pela Administração Central do Sistema de Saúde. Neste evento, que decorreu no Auditório da Unidade de CHMT, foram realizadas quatro sessões temáticas que pretenderam ser um contributo para a capacitação dos Cuidadores e, consequentemente, para a qualidade dos cuidados prestados aos utentes e/ou familiares. Os temas abordados pretenderam clarificar o que são os Cuidados Paliativos, as estratégias de comunicação com o utente/família, passando também por dicas para o dia-a-dia sobre alimentação e posicionamentos, terminando no Luto. Durante esta sessão os Cuidados Paliativos foram descritos como sendo cuidados de saúde holísticos, ativos que procuram melhorar a qualidade de vida dos utentes, das suas famílias/cuidadores pela prevenção e alívio do sofrimento diário, através da identificação precoce, diagnóstico e tratamento adequado da dor e de outros problemas, sejam estes físicos, psicológicos, sociais ou espirituais. Em cuidados paliativos, a pessoa doente é abordada como um todo. O seu objetivo não é curar uma doença, mas sim cuidar das pessoas doentes e ajudá-las a viver a sua vida da forma mais normal possível, ao mesmo tempo que lidam com a doença. Centrando-se na importância da dignidade da pessoa cuja vida deve ser vivida intensamente até ao fim, independentemente do momento da morte, onde cada dia é vivido com significado. David Matias, médico e membro da EIHSCP do CHMT, aproveitou para referir a importância que o trabalho em equipa tem nos cuidados paliativos, possibilitando que equipa e os utentes tenham um canal de comunicação muito próprio, muito direto e que isso resulta não só da formação, mas também da experiência da equipa, “nós, como equipa tentamos desenvolver estratégias para ajudar a atenuar a dor, sabemos que a comunicação resolve mais de metade dos problemas complexos e ajuda a combater a conspiração do silêncio”, referiu.