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TOMAR – Centro de Dia da Venda Nova tem que fazer peditório na freguesia para sobreviver

Os Centros de Dia das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) ao contrário dos Lares desde que começou a pandemia não podem receber os sues utentes na sua valência e continuam dar o seu excelente contributo nas refeições que levam aos seus utentes e privados de fazer as suas festas e convívios como forma de angariar dinheiro, lutam com muitas dificuldades, para manter os postos de trabalho e com quebras de utentes por desistência. Há poucos meses, em plena pandemia o Presidente do Centro de Dia “Jardim da Ternura” de Além da Ribeira, Padre Mário Duarte, antes da sua grave doença, teve a feliz ideia de promover “Sopas em casa” que se traduziu nalgum desafogo de dinheiro entrado em caixa, para fazer fase às despesas. Na Venda Nova, Luís Duarte, presidente da única IPSS da União de Freguesias de Casais/Alviobeira luta, contra as dificuldades e enveredou por fazer um peditório por toda a freguesia, começando pelos 80 ( pequenos) empresários instalados e com a presença no terreno do presidente da Junta de Freguesia – João Alves, que conhece a realidade e a necessidade desta instituição, a ver se a IPSS não tem que dispensar funcionários ou atrasar o pagamento dos ordenados a quem trabalha. Depois das empresas e empresários a partir do dia 1 de Setembro porta a porta. É triste mas tem que ser assim. Portanto se puder ajudar, pois mais tarde ou mais cedo vamos precisar do apoio e serviço desta instituição, todos juntos vamos conseguir! O Centro de Dia da Venda Nova tem 16 Funcionárias, presta apoio a 24 pessoas em Apoio Domiciliário, 35 em Centro de Dia e 17 pessoas na vertente de Cantinas Sociais. Tem uma despesa mensal de 20 mil euros, 240 mil euros por ano de orçamento em que 40% é a comparticipação do estado, 50% dos utentes e 10% suporta a instituição. Para além dos ordenados há luz e água, seguros, e algumas carrinhas ao serviço, ou seja é um dos maiores empregadores da freguesia. Quando podiam fazer festas e eventos sempre conseguia diz Luís Duarte arranjar 5 a 6 mil euros. Com a pandemia diz o presidente Luís Duarte 10 utentes suspenderam os serviços “são menos 2 mil euros por mês e agora apesar de estarmos em dia com pagamentos de salários, há os subsídios de férias e tivemos que iniciar este peditório, primeiro pelas empresas e depois porta a porta, pois com a ajuda da Junta e a adesão de quem estamos a contactar, o que agradecemos, vamos conseguir, e tenho esperança nisso, pois o Centro de Dia é de toda a área da união de freguesias, não é da Venda Nova é dos seus utentes e a única IPSS desta união de freguesias”. Esta é uma triste realidade e a União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) do distrito de Santarém defende a reabertura dos centros de dia, lembrando haver casos muito complicados no domínio da saúde física e psicológica dos utentes, para além da quebra de receitas e refere “Há que encarar este problema rapidamente e tomar medidas diferenciadas, consoante as particularidades de cada instituição, onde apenas existe essa resposta social e o Serviço de apoio domiciliário (SAD) que também os serve. Não há razões para que os Centros de Dia não reabram, pelo menos para os casos de maior necessidade, cumprindo as regras sanitárias recomendadas, nem que para isso seja necessário encontrar outros espaços alternativos e complementares”, defendeu Hilário Teixeira, em declarações. A autorização para a reabertura dos centros de dia é do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, estando a Direção-Geral da Saúde disponível para elaborar normas de prevenção da covid-19 para essas instituições, afirmou o subdiretor-geral da Saúde. António Freitas