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TOMAR – Casa do Concelho em Lisboa assinalou 76 anos de existência (c/fotos)

Com a presença de cerca de 90 sócios, amigos e convidados, teve lugar o jantar comemorativo da Cas Regionalista” casa do Concelho de Tomar” sediada na Rua Flores do Lima no seu edifício próprio. Com excelentes vinhos de Tomar da “Encosta do Sobral” e um serviço de catering de excelência a noite foi de convívio, emoções e discursos. Como refere Carlos Galinha no seu boletim nº 7 “O Tomarense” editado em Janeiro de 2019, o biénio 2017/2018, fica marcado pela grande aproximação da Casa do Concelho de Tomar aos Associados, aos tomarenses e a Alvalade”. O boletim reeditado, sob o ponto vista de informação e jornalísticos está excelente e nele Carlos Galinha alavanca as diversas iniciativas e prova, que faz isto com muita dedicação, orgulho, amor a Tomar e à Casa e com muito dinamismo, sem desprimor para outros presidentes que o antecederam. Ideias e projectos não lhe faltam- é um regionalista assumido e merece todo o apoio dos sócios para continuar, pois nos dias de hoje, poucos se querem dedicar a causas de associativismo e numa altura em que o regionalismo em Lisboa, fruto do encurtamento das distâncias a facilidade de movimentação das pessoas, deu uma volta 360 graus em relação ao distante ano em que a Casa de Tomar teve o seu auge e quando os tomarenses em Lisboa iam a Tomar quando o “rei fazia anos”
Foi a primeira vez que António Borges e sua esposa Laurence Klamerec Borges entraram no Casa do Concelho de Tomar e, assim nesta sua vinda, agora com muito maior frequência do Luxemburgo a Portugal, responderam ao convite do presidente da Casa de Tomar – Carlos Galinha e foi chamado para referir o seu investimento no primeiro hotel em Tomar na classe 5 estrelas- Hotel República- que esta à ser construído a partir da remodelação de um prédio em plena praça da Republica ” era o investimento no primeiro hotel cinco estrelas na nossa bonita cidade e este é um dos primeiros investimentos que vamos fazer e espero brevemente dar outras novidades e voltar aqui novamente, quando o projecto estiver mais avançado, pois nesta construção Indiana Jones descobriu alguns achados que atrasaram um pouco a obra, estando a mesma agora em velocidade de cruzeiro e não estando pronta como seria nossa vontade para a Festa dos tabuleiros, mas espero que esteja já para o Natal, pronto e convido depois todos a visitar o hotel que vai ser o hotel dos tomarenses.

“Os patos bravos voam em direcção ao sol” – Seguiu-se as palavras do Prof João Patrício, que deu os parabéns à Casa e recordou com a sua ironia e humor – o que era vir da Serra de Tomar e Junceira a pé e descalços trabalhar para Lisboa ( não se consta que tal tenha acontecido com frequência dado Tomar ter comboio há muitos anos) – “foi assim que vieram os primeiros pedreiros, os primeiros serventes, que vieram da Serra e deixaram os patos junto ao Zêzere” referiu e alvitrou sobre as diversas teorias da denominação “patos bravos” e uma das que apontou- é de que o “pato bravo é totalmente diferente do pato manso “o pato manso é aquele que fica na capoeira, muito descansado a ver quando lhe deitam milho e o pato bravo não! – Ele voa para o sol e, foi isso que fez com que os tomarenses viessem para cá” e prosseguiu “o sentido depreciativo foi J Pimenta Lda que quis dar aos tomarenses, que tinha uma certa inveja dos construtores de Tomar e para mim; pato bravo de depreciativo não tem nada”. Seguiu-se a entrega de medalhas a associados que fizeram 25 anos de associados, 50 anos e imagine-se dois que fizeram 75 anos e que contam com a bonita idade de 95 anos, Batista da Conceição, engenheiro reformado, que nunca mais vê os seus brinquedos doados à Câmara de Tomar no respectivo museu e Frederico Serra, da mesma idade que referiu que não foi sócio fundador da Casa ” porque na altura não tinha 5 contos para a entrada. Sou o sócio mais antigo, mas na data da fundação andava a trabalhar de carpinteiro e não tinha os 5 contos exigidos”. Numas palavras bonitas Frederico Serra, registou que nunca teve inimizades com alguém, refere que adora a Casa, os seus convívios e os restantes sócios, e que já pertenceu a várias direções- recebeu o troféu das mãos da mordoma da Festa dos Tabuleiros – Maria João Morais.

Carlos Galinha, presidente da Casa no seu discurso agradeceu à presidente da Casa de Ferreira do Zêzere presidente da Associação das Casas Regionais de Lisboa a sua presença, bem como do presidente da Casa de Ponte de Lima e a todos os órgãos sociais da Casa que o tem acompanhado neste seu primeiro mandato como presidente. Transmitiu uma mensagem do presidente da Assembleia Geral – Embaixador José Arsénio que não pode estar presente. Referiu o dia 4 de Março como data da fundação e os 76 anos que agora completa e as muitas pessoas que integraram os órgãos sociais e os fins da Casa que promovem desde 1943 os valores de Tomar e a solidariedade, no regionalismo bem assente, na “ponte” entre Tomar e Lisboa “esta associação só faz sentido se conseguirmos fazer a ponte entre Tomar e Lisboa. O tempo do orgulhosamente sós já lá vai e hoje todos juntos conseguimos fazer muito”. Encerrou os discursos o vice presidente da Câmara e vereador Hugo Cristovão que enalteceu o excelente trabalho desta casa e recordou a celebração das bodas de Diamante em 2018 nos seus 75 anos com um programa muito rico e vasto na cidade de Tomar. Cumprimentando os dois deputados presentes _ Carlos Matias e Hugo Costa e o diretor do Agrupamento da escolas templárias a mordoma da festa ” que considerou a pessoa mais importante, presente neste ano de Festa dos Tabuleiros e aos músicos, nomeadamente a professora Júlia Quadros do “Quarteto Duplo Triplo” que animou musicalmente esta noite”. Lembrou o próximo ato eleitoral da Casa, marcado para 20 de Março e reiterou o apoio a que Carlos Galinha continue para mais um mandato, pois tem feito um bom trabalho, trabalho esse que nem sempre é valorizado por quem está por fora. António Freitas