O tomarense Carlos Carvalheiro, o rosto mais visível do grupo de Teatro “Fatias de Cá”, vai recusar a medalha de Valor e Altruísmo que lhe seria atribuída no 1 de Março por ocasião do Dia da Cidade. A indicação é avançada pelo jornalista António Freitas que, numa peça enviada para a redacção da Hertz, cita o encenador, sublinhando que o próprio «escreveu à presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas, a informá-la que não irá receber, no dia do concelho, 1 de Março, a medalha de Valor e Altruísmo que o executivo camarário lhe atribuiu pelo trabalho desenvolvido desde a criação do grupo em 1979». Depois de sublinhar que o Fatias de Cá «conviveu, desde sempre e quase sempre, com uma atitude a raiar o ostracismo, por parte do Município de Tomar», Carlos Carvalheiro pede compreensão pela sua decisão. «Embora a minha relação com quase todos os autarcas tenha sido pautada pela mútua simpatia e embora reconheça como bondosa a actual decisão de me ser concedida uma medalha, não ficaria de bem com a consciência se aceitasse camuflar a memória», escreve. E conclui: “Peço, por isso, e por ora, ao Município de Tomar que não leve a mal por pedir escusa desta Medalha de Valor e Altruísmo que teve a gentileza de me conceder”. António Freitas