Estão em curso as ações de limpeza do leito e margens do rio Nabão, e já concluídas as da ribeira de Ceras, «duas intervenções que pretendem evitar a ocorrência de cheias e dos seus efeitos nefastos nos terrenos e infraestruturas ribeirinhos», refere a autarquia em nota de esclarecimento. «Dando seguimento às ações de limpeza do rio levadas a efeito pelo Município de Tomar entre 2019 e 2022, com o aval da Administração de Região Hidrográfica, e cujos benefícios foram visíveis durante as fortes precipitações ocorridas nos últimos invernos sem os habituais registos transbordo de caudais na zona urbana da cidade como era habitual em situações semelhantes, decorrem desde o início de novembro os trabalhos de limpeza do leito e margens de mais um troço do Nabão, desta feita entre o açude de Porto de Cavaleiros e a capela de N. Srª das Lapas, numa extensão de 1.490 metros.
Trata-se de uma intervenção realizada em estreita colaboração com a União de Freguesias de Além da Ribeira e Pedreira, numa zona fortemente estrangulada por árvores e troncos, os quais, por força da corrente, têm vindo a soltar-se e a obstaculizar o troço do rio a jusante, já objeto de anterior limpeza», sublinha o mesmo texto. Estes trabalhos estão a ser realizados pela empresa Aurélio Lopes, Serviços Florestais, Lda., pelo valor de 52 mil euros mais IVA, estando ainda prevista, no âmbito da mesma empreitada, a limpeza do troço do rio entre o Moinho Novo e o açude da Matrena, numa extensão de 2.330 metros, bem como a limpeza da ribeira da Beselga entre o viaduto da A13 e a sua foz, numa extensão de cerca de 450 metros. Recorde-se que, em 2019, o Município procedeu à limpeza do leito e margens do rio na zona urbana, efetuando em simultâneo o desassoreamento do leito, permitindo o aumento da capacidade da bacia hidrográfica do rio na zona central da cidade. Em 2020, as intervenções situaram-se a montante da cidade, até ao açude de pedra, tendo sido removidas centenas de árvores, troncos e ramos depositados no leito do rio, muitos dos quais ali se encontravam há uma década ou mais. Em 2021 e 2022, apesar de se ter traçado um plano mais ambicioso em termo de extensão de intervenção, a elevada concentração de árvores e outros obstáculos entre a cidade e o açude da Marianaia, incluindo a própria reabilitação deste açude que se encontrava em risco de colapso, apenas permitiu executar a limpeza neste troço, numa extensão de cerca de dez quilómetros. Concluídos estão os trabalhos de limpeza do leito e margens da ribeira de Ceras, entre as pontes de Ceras (no limite do concelho) e de Chão das Eiras, numa extensão total de 2.580 metros. Esta limpeza, levada a efeito pelo Município de Tomar, em estreita colaboração com a União de Freguesias de Casais e Alviobeira, foi precedida de comunicação prévia à APA (Agência Portuguesa do Ambiente), nos termos da legislação vigente e realizada mediante contratação pública da empresa Canto Verde, pelo valor de 9.800 euros mais IVA. «A intervenção teve como principal objetivo a remoção de obstáculos que se encontravam no leito e nas margens da ribeira, os quais potenciavam o tamponamento da mesma em caso de forte precipitação, com o consequente risco de cheias e de alagamento das propriedades confinantes, como ocorreu em 1989, 2006 e, mais recentemente, em 2018», finaliza a publicação da Câmara de Tomar.