A TVI e a RTP contactaram a Câmara de Tomar no sentido de “oferecerem” os seus préstimos para realizarem um programa no dia do Grande Cortejo da Festa dos Tabuleiros, a 12 de Julho próximo. Mas, tal como era do domínio público, tanto a autarquia como a Comissão do evento-mor nabantino já tinham deixado bem claro que não pretendiam qualquer programa do género no dia mais aguardado da Festa, face, até, ao que aconteceu há quatro anos, com a transmissão mal sucedida da Televisão Independente que, aos Tabuleiros, pouco fez referência durante as horas sucessivas do directo efectuado. E, sublinhe-se, cada programa destes custa aos cofres da autarquia cerca de seis mil euros, respeitantes ao pagamento de alojamento e alimentação de apresentadores e técnicos. Para além disso, em termos de alojamento, as diversas unidades estão esgotadas. Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, aproveitou a reunião do executivo que decorreu nesta segunda-feira para esclarecer este processo, assegurando que, nesta altura, o Município está a aguardar por uma resposta da Rádio Televisão Portuguesa a propósito de um programa vocacionado para o património que a operadora pública disse estar na disponibilidade de transmitir em Agosto próximo: «Quer o Município de Tomar, quer o Mordomo da Festa, sempre descartam a presença de qualquer programa generalista no dia do Cortejo. O primeiro pedido surgiu da parte da TVI. Os formatos televisivos são detidos pelas produtoras e quem contacta a Câmara ou a Comissão da Festa foi a produtora. A TVI quis propor-nos a realização de um programa no dia do Cortejo Grande. Quer eu, quer o Mordomo, dissemos que não, mas que aceitaríamos a realização de uma edição na parte da tarde após o Cortejo dos Rapazes. A produtora voltou a insistir que só aceitava no dia 12 de Julho, mas nós combinámos a recusar. Mais recentemente, há cerca de quinze dias, chegou a intenção da RTP de realizar um programa do mesmo género nos dias imediatamente anteriores à Festa ou noutra data que nos fosse viável. Dissemos que não nos era possível acolher um programa daquelas dimensões por razões logísticas. Depois, propusemos que escolhessem outra data. A produtora contactou, então, os serviços do município para realizar um programa vocacionado para o património no próximo mês de Agosto».