A corrida à Câmara de Tomar começa a ganhar forma. As eleições Autárquicas são neste ano – em Setembro ou Outubro – e a esta distância já se perfilam os candidatos das diferentes forças políticas. Anabela Freitas, actual presidente da autarquia nabantina, foi a primeira a apresentar-se como concorrente, neste caso a mais um mandato de quatro anos. Foi uma escolha consensual dentro do Partido Socialista. Alguns meses depois, foi a vez do CDS dar a conhecer o seu nome, precisamente o arqueólogo Nuno Ribeiro. Durante esta semana, registo para a escolha do Partido Social-Democrata. Ainda não há confirmação oficial mas está em causa Luís Boavida, ex-chefe da Divisão Financeira da Câmara. No lote das forças habitualmente concorrentes, falta saber quem “se chega à frente” pelos Independentes, pela CDU e pelo Bloco de Esquerda. No que aos IpT diz respeito, convém dizer que, há quatro anos, o nome de Pedro Marques só foi anunciado em início de Fevereiro, o que pode fazer entender que está para breve um anúncio do candidato. A CDU, por sua vez, só avançou com Bruno Graça em Abril de 2013, ao passo que o BE divulgou o nome de Rui Coutinho em Junho. Ou seja, nenhuma destas forças tem ainda candidato mas este processo está a decorrer de acordo com a normalidade. Não é de excluir que apareça alguma candidatura independente ou do Movimento Partido da Terra sendo que, publicamente, o cidadão Américo Costa, do grupo ambiental «Aqua», já se mostrou disponível para avançar.
População cada vez mais desinteressada – Recuando ao passado, tendo por base o que aconteceu nas eleições do período compreendido entre 2005 e 2013, salta à vista que a população se tem mostrado cada vez mais desinteressada. Basta dizer que há doze anos votaram 61,5% dos cidadãos recenseados, um número que baixou para 58,79 em 2009 e para 53% em 2013. E estes valores encontram reflexo no “rendimento” dos partidos. O PSD, por exemplo, tem sofrido uma queda mais acentuada. Em 2005, mereceu a confiança de 9993 eleitores mas em 2009 já houve uma diminuição para 7959, tendência que se confirmou ainda mais em 2013, com 5198 votos. Também os Independentes, que têm apostado sempre em Pedro Marques, estão em espiral de descida: 4946 votos em 2005; 4552 em 2009 e 3094 em 2013. Esta queda das preferências encontra paralelo, ainda, em Bloco de Esquerda e CDS, que nos últimos três sufrágios nunca conseguiram, sequer, chegar à fasquia dos mil votos. Tendência contrária têm revelado Partido Socialista e CDU. O PS, por exemplo, contou com 4235 votos em 2005; subiu para 4756 em 2009 e chegou aos 5479 em 2013. Já a CDU teve 1415 votos em 2005 – na altura com Sílvia Serraventoso – seguindo-se 1667 votos em 2009 e 1827 em 2013, nestas duas Autárquicas com Bruno Graça.