A revelação foi feita por Hugo Cristóvão, vice-presidente da Câmara de Tomar: o estádio municipal, hoje designado como António Fortes, nunca teve licença. Está em causa, recorde-se, uma estrutura histórica, com pouco mais de 70 anos, e que faz parte das melhores memórias da cidade e do União de Tomar. Convém esclarecer que na altura da sua construção, a legislação não obrigava a esse licenciamento mas, entretanto, a Lei mudou e não houve uma adaptação do estádio a essas mudanças, principalmente após a polémica demolição das bancadas, onde esta inexistência de licença poderia ter sido ultrapassada. Hugo Cristóvão foi mais longe e refere que, para determinadas entidades, «é como se o estádio nunca tivesse existido». Esta «surpresa», admitiu o eleito do Partido Socialista, foi descoberta no decurso do processo de requalificação que a Câmara tem em marcha para o estádio, requalificação essa que, agora, fica seriamente comprometida uma vez que não é suposto que seja permitido voltar a construir naquele espaço, seja uma nova bancada ou até mesmo balneários. Hugo Cristóvão disse, ainda, que a autarquia «está a tentar perceber o que é possível fazer»… mas o cenário não é, de facto, o melhor. Assista ao vídeo editado pela nossa redação.