Início CULTURA TOMAR – Bons Sons. Uma aldeia em manifesto hoje e sempre

TOMAR – Bons Sons. Uma aldeia em manifesto hoje e sempre

Na décima edição do BONS SONS viveu-se a aldeia em modo manifesto e foi uma festa. 52 concertos, 81 espetáculos e atividades especiais realizados por 250 artistas. A este número soma-se a realização de 8 concertos inesperados, 30 concertos espontâneos no Palco Garagem, 1 documentário (Uma Árvore no Largo, de Cátia Santos e Tomás Quitério) e 1 livro (BONS SONS x 10 – Uma Aldeia em Manifesto, Edições Escafandro, que a partir de agora está à venda no SCOCS, em Cem Soldos, no site das Edições Ecafandro e, em breve, nas lojas FNAC). Durante quatro dias (dois deles – sábado e domingo – com lotação esgotada), o BONS SONS contou com 33.800 visitantes e com muita música, dança, histórias encenadas, performances, instalação fotográfica, conversas, debates, jogos tradicionais, burros de Miranda, percursos artísticos, oficinas de música, visitas guiadas e um mural. Foi um festival com mais aldeia, mais eficiente, sem perder a escala humana que o caracteriza, e as reações de artistas e do público não podiam ter sido melhores. O reflexo de um festival organizado por uma aldeia inteira, uma comunidade onde 510 voluntários (400 da aldeia e 110 de fora) tornaram possível o BONS SONS que existe e quer existir pela contemporaneidade no campo, por uma plataforma cultural, pelo planeamento do território, pela cidadania participativa, pelo envelhecimento ativo, pelo ensino em comunidade, pelos projetos de território, por uma ação sustentável, pela criação de espaço público e pela cultura popular. Esta edição foi também brindada pela chuva que não impediu a realização de nenhuma das atividades e pouco mais fez do que refrescar o ambiente. Alcançado um segundo ciclo do BONS SONS, é altura de Cem Soldos analisar como será desenhado o próximo ciclo e haverá novidades em breve.

52 concertos
81 espetáculos e atividades paralelas
250 artistas
8 concertos inesperados
30 concertos espontâneos no Palco Garagem
1 livro
1 documentário
33.800 visitantes
102 jornalistas e fotógrafos
510 voluntários envolvidos (400 da aldeia, 110 externos)

NOVOS PALCOS, MAIS ALDEIA – Este ano, o mapa do recinto voltou a ter alterações, foi alargado e deu a conhecer um recanto da aldeia ainda desconhecido: o Lagar de Cem Soldos, Palco MPAGDP, que recebeu o primeiro concerto de 2019, com Carlos Batista, seguindo-se Vénus Matina, Cal, Adélia, Pequenas Espigas, Rezas, Benzeduras e Outras Cantigas, Vozes Tradicionais Femininas e Telma. Outro recanto já conhecido – um campo de oliveiras em anfiteatro, o Palco Zeca Afonso – foi redesenhado e preparado para receber pessoas sentadas neste cenário natural e o palco com duas oliveiras plantadas (literalmente) deu lugar a momentos muito especiais quer visual quer em termos sonoros. Foi neste palco que aconteceu o concerto de abertura com a Orquestra Filarmónica Gafanhense, com mais de 60 músicos em palco e com um repertório que incluiu 10 temas de 10 edições. Houve também Lodo + Peixe, First Breath After Coma + Noiserv, Três Tristes Tigres, Pop Dell’Arte, Joana Gama + Sopa de Pedra e Luísa Sobral. Finalmente, na Igreja de S. Sebastião, palco habitual de concertos, este ano mudou de nome – Palco Carlos Paredes – recebendo as atuações de Francisco Sales, Dada Garbeck, Valente Maio e Ricardo Leitão Pedro.

A antiga eira de Cem Soldos voltou em 2019 a ser utilizada como cenário do festival, com um novo palco: Palco António Variações, onde aconteceram os concertos de Benjamim + Joana Espadinha, X-Wife, Paraguaii, Scúru Fitchádu, Baleia Baleia Baleia, Glockenwise + JP Simões, Tape Junk e Sensible Soccers + Tiago Sami Pereira.

O Palco Giacometti – INATEL recebeu Mano a Mano, Raquel Ralha & Pedro Renato, Gator, The Alligator, Sallim, Jorge da Rocha, Tiago Francisquinho, Galo Cant’às Duas e Pedro Mafama.

No Palco Amália, situado junto à igreja, atuaram Senza, o concerto de estreia de Afonso Cabral, Miramar e Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva.

Fora dos palcos, os concertos inesperados apanharam de surpresa os visitantes em garagens e quintais, locais desconhecidos do público do festival. Participaram Afonso Cabral, Francisco Sales, Fogo Fogo, Helder Moutinho, Jorge da Rocha, Três Tristes Tigres, Luísa Sobral e Júlio Pereira.

Nota ainda para a festa de encerramento – concerto de Moullinex, com vários convidados, seguido de DJ set, que aconteceu nos dois palcos do Largo do Rossio, onde se situam os palcos Lopes-Graça e Aguardela, que receberam ainda: Fogo Fogo, Diabo na Cruz, Helder Moutinho, Budda Power Blues & Maria João, Stereossauro, Júlio Pereira, Dino D’Santiago, DJ João Melgueira, DJ Narciso, DJ Ride e RIVAthedeejay.