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TOMAR – Bloco de Esquerda acusa Câmara Municipal na questão das obras na proximidade da Anta do Vale da Lage

O Bloco de Esquerda de Tomar acusa, em comunicado, a Câmara de Tomar de negar a existência da Anta do Vale da Lage, na Serra, monumento funerário megalítico, considerado o mais importante do género no Médio Tejo sendo que está em causa uma “estrutura” que remonta a um período entre 6000 e 7500 anos. No texto em causa, a coordenação do BE alinha no coro de críticas em torno das obras que decorrem na envolvência da Anta, alertando que a natureza dos trabalhos em curso «com a utilização de maquinaria pesada, a movimentação de terras, e a vibração intensa provocada com a utilização de camiões e máquinas, são fatores de alto risco que só por si impediriam o licenciamento de tal obra tão perto do local a preservar». Nesse sentido, a deputada eleita pelo BE na Assembleia Municipal de Tomar apresentou, ao executivo camarário, um pedido de esclarecimentos sobre os factos em questão. O Bloco dá conta dessa resposta, assinada pelo vice-presidente da CMT, Hugo Cristóvão: «“esclarece” que à data do início do processo (2007) “não existiam nesta divisão, levantamentos georreferenciados do monumento megalítico, nem havia qualquer referência ao mesmo no levantamento topográfico que foi apresentado ao processo de licenciamento”. O Bloco de Esquerda recusa entender nestas palavras que a Câmara Municipal de então, do PSD e os executivos PS que têm estado à frente da Câmara de Tomar desde 2013, não sabiam da existência da Anta do Vale da Lage, tanto mais que Anabela Freitas na qualidade de Presidente da Câmara a visitou oficialmente e a autarquia investiu verbas em painéis informativos e de sinalética para a divulgar. A anta chegou mesmo a ser um lugar de visita para crianças de escolas de Tomar, transportados pelo autocarro da Câmara e apoiados pelo Serviço de Educação e Cultura da autarquia». O mesmo texto reforça que «as únicas justificações possíveis para que este importante legado pré-histórico não esteja pelo menos em vias de classificação, nem que fosse como de interesse municipal, são certamente a incúria e a incompetência das instituições, desde a autarquia de Tomar (nas versões PSD e PS) até à DGPC».