Decorre nos dias 5 e 6 de maio, na Biblioteca Municipal António Cartaxo da Fonseca, o Bibliotecando em Tomar, este ano dedicada ao tema “Margem e caminho: leituras da fronteira”, e que reunirá, como habitualmente, um conjunto de oradores representativo dos melhores especialistas nacionais. Um deles será o escritor Mário Cláudio que, na sexta-feira, receberá o Prémio Bibliotecando 2023. Por esse motivo, o autor de “Guilhermina” chegará mais cedo, tendo na tarde de 4 de maio um encontro com os leitores, uma das iniciativas paralelas do evento, tal como uma feira de livros dos autores presentes, que decorrerá na Biblioteca entre quinta e sábado. A 13ª edição do Bibliotecando em Tomar parte dos conceitos de margem e de caminho, como metáfora da condição e das realizações do Homem: um ser em travessia entre países, línguas e culturas; refletindo acerca dos modos de construção dos discursos e das estéticas de representação de margem, nas suas múltiplas aceções, tanto enquanto espaço de exclusão e de transgressão, como de liberdade e de criatividade. Quanto à programação oficial, começará na sexta-feira, pelas 9h30, com a sessão de abertura a que se segue “Uma viagem pela obra de Mário Cláudio”, coordenada por Guilherme d’Oliveira Martins (presidente da Comissão de Honra do Bibliotecando) e com intervenções de Carlos Ascenso André, Isabel Pires de Lima, Gabriel Magalhães e José Carlos Seabra Pereira. Pelo meio-dia, será feita a apresentação e entrega do Prémio por parte do presidente do Instituto Politécnico de Tomar, João Coroado, seguida de uma intervenção do galardoado, Mário Cláudio. À tarde, dois painéis, com títulos recortados de obras do escritor. O primeiro “Apetece-me contar a minha peregrinação” (in Gémeos), com coordenação de Luís Ricardo Duarte e os oradores Marta Pais de Oliveira, Afonso Reis Cabral e João de Melo. O segundo, “Confirmei o que já era do meu conhecimento, que ninguém percorre apenas o espaço da terra, mas também o tempo da imaginação” (in Embora Eu Seja um Velho Errante), coordenado por Cristina Ovídio, com Carlos Fiolhais, Dulce Maria Cardoso e Rui Vieira Nery. No sábado, a partir das 10 horas, o painel “espírito perscrutador dos ritmos ocultos” (in O Anel de Basalto), dirigido mais uma vez por Luís Ricardo Duarte e que junta Maria João Reynaud, José Carlos Vasconcelos e Susana Piedade; seguindo-se “reatar o fio destas lembranças” (in Embora Eu Seja um Velho Errante), coordenado por Hugo Cristóvão, com Ana João dos Reis e Graça Capinha. Após o habitual almoço no Congresso da Sopa, que nesse dia se realiza em Tomar, a parte da tarde trará mais dois painéis: “A ciência de existir é um reflexo de espelho” (in Um Verão Assim), com Daniel Sampaio, Roberto Roncón e Francisco Sobral Rosário; e “o desenho de um mapa de encantamentos” (in Embora Eu Seja um Velho Errante), com coordenação de Rui Serrano e as participações de Miguel Poiares Maduro, Gonçalo Byrne, Rita Gaspar Vieira e Álvaro Domingues. Por fim, às 18h30, Nuno Sousa Vieira apresenta “O pintor percorria a vida sem medo” – Tríptico da Salvação, uma conferência e visita guiada à exposição “Pelo que não se vê”, patente no Centro de Arte e Imagem – Galeria do Instituto Politécnico de Tomar. De referir ainda que o encontro de Mário Cláudio com os leitores, no dia 4, às 15 horas, contará com a apresentação de um trecho do espetáculo “Mulheres Anónimas” e com a leitura encenada de um trecho do conto de Mário Cláudio “Dom Pedro I e Inês de Castro“, ambos pela Companhia de Teatro Templários. Ainda na programação paralela, José Santos e Rui Sérgio protagonizam o espetáculo “Poesia Cantada”, pelas 21 horas de 5 de maio, no Auditório Principal do Instituto Politécnico de Tomar. A organização do Bibliotecando em Tomar alicerça-se num trabalho de parceria que envolve diversas entidades: os Agrupamentos de Escolas Templários e Nuno de Santa Maria, o Município de Tomar, o Centro de Formação “Os Templários”, a Rede de Bibliotecas Escolares, o Instituto Politécnico de Tomar e o Centro Nacional de Cultura.