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TOMAR – Atenção à Lagarta do Pinheiro, que pode originar graves problemas de saúde pública

A Câmara de Tomar recorreu às redes sociais para deixar um alerta sobre a presença, no concelho, da Lagarta do Pinheiro, uma espécie com grande impacto negativo em pessoas, animais e nos próprios pinheiros, encontrando-se muito disseminada em Portugal. A Processionária – como também é conhecida – «pode originar graves problemas de saúde pública, devido à ação urticante dos pelos, que provocam alergias ao homem e animais domésticos», reforça a autarquia. Os ninhos da lagarta do pinheiro são esbranquiçados e acastanhados. Entre janeiro e maio, as processionárias abandonam o pinheiro para se enterrarem no solo, na sequência do seu ciclo de desenvolvimento. Estas lagartas deslocam-se umas atrás das outras, em fila, como uma procissão. Perigosas para humanos e animais são as lagartas, e não as borboletas. Cada uma delas está coberta com até 600 mil pelos urticantes brancos, responsáveis pelas desagradáveis reações alérgicas. As reações alérgicas dão-se normalmente ao nível da pele, do globo ocular e do aparelho respiratório, podendo provocar enfraquecimento e vertigens e em situações extremas levar à morte. Assim sendo, o contacto deve ser evitado! As crianças, por brincadeira, e os cães, por cheirarem ou morderem as lagartas, movidos por curiosidade natural, são os principais afetados.

Prevenção

Para evitar o contacto com uma lagarta-processionária-do-pinheiro, siga as seguintes medidas de prevenção:

• Mantenha-se afastado das áreas infestadas pela praga. Regra geral, se forem grandes, estas encontram-se marcadas por sinais;

• Caso não lhe seja possível evitar as zonas afetadas, mantenha o seu patudo com a trela;

• Certifique-se que o seu cão não fareja o chão, evitando, assim, o contacto com as lagartas ou com os ninhos que possam existir.

Caso o seu cão tenha entrado em contacto com os pelos deste animal, dirija-se de imediato a um médico veterinário, pois a sua vida está em perigo! A verdade é que também os cães podem entrar em choque anafilático. Além disso, é possível que as zonas afetadas entrem em necrose. Os sintomas e a sua intensidade variam de cão para cão. Os possíveis sintomas são os seguintes:

• As reações ocorrem normalmente nas áreas onde a pele não está protegida por pelo. É frequente a zona da cabeça ser afetada. O focinho pode inchar e essa reação estender-se a toda a cabeça;

• Caso o animal tenha ingerido pelo urticante, podem dar-se problemas de na boca, estômago, como vómitos, por exemplo;

• A inalação dos pelos pode causar reações respiratórias alérgicas;

• O contacto com os olhos pode causar conjuntivite;

• Outros sintomas: febre, fadiga, danos na mucosa.

O que fazer:

1. Remova os pelos urticantes. Salvaguarde a sua saúde usando luvas e máscara. Depois disso, limpe a área afetada com água quente. Se existirem pelos na pelagem do animal, é aconselhável colocá-lo na banheira ou chuveiro e lavá-lo por completo com água quente.

2. Evite que o seu patudo lamba as patas ou o pelo, pois, ao invés, podem entrar mais pelos na zona do focinho. Tente também que o animal não se coce, já que, ao fazê-lo, a comichão tem tendência para aumentar, além de poder causar feridas.

3. Consulte de imediato um médico veterinário e evite o pior. É possível que lhe sejam prescritos medicamentos.

Se uma pessoa entrar em contacto com as lagartas, ou os seus pelos:

• Lave a área afetada com água abundante e sabão.

• Evite esfregar a pele ou os olhos para não agravar a irritação.

• Procure assistência médica de imediato, especialmente se surgirem reações alérgicas ou dificuldades respiratórias.