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TOMAR – Associação de Caçadores de Casais promoveu montaria ao javali com o abate de dois exemplares

No passado sábado dia 20 de janeiro teve lugar mais uma montaria promovida pela Associação de Caçadores. Após o pequeno almoço, 40 caçadores, inscritos retiraram as cartas de sorteiro das portas e as quatro matilhas de cães aguardavam nos reboques de transporte que pudessem na “mancha” correr com os javalis, para os tiros certeiros dos caçadores dispersos pelas portas, os pudessem abater. As “portas” no terreno são os locais onde os caçadores esperarão o aparecimento dos javalis acossados pelos batedores e respetivas matilhas. A designada “mancha”, é uma extensa área, designada quinta da Pesqueira, “coruto do alto dos Moinhos”, de mata cerrada e muito javali e que se estende paralela à estrada que vai dos Casais ao Prado, rio Nabão e paralela ao IC 9. Depois dos conselhos de segurança transmitidos pelo presidente da Associação José Brito, os caçadores tomaram lugar nos meios de transporte com instruções precisas de colocação, e os postores transportam os caçadores em carrinhas abertas e um trator até aos locais designados, enquanto 4 matilhas e matilheiros foram largados em locais situados na borda da área de caça. A partir daí as matilhas foram dirigidas para o centro da área batendo a caça em direção aos caçadores.

O resultado podia ter sido melhor, mas já não foi mau e, segundo José Brito “quebramos o enguiço, parabéns ao amigo Vitor Roque que com a sua pontaria lá conseguiu abater os dois exemplares, e bem haja ao resto dos caçadores”. Como o método era mata-pendura, o associado e filho da terra, abateu os dois exemplares, uma macho e uma fêmea, tendo sido uma para si e outro para a associação, cujas febras deram um excelente repasto. Para além destas montarias serem necessárias, para controle da espécie e haver cada vez mais javalis que destroem culturas, estes eventos são uma forma de convívio e em que depois da montaria é servido uma almoço que o Jorge Carvalho e os seus magníficos ajudantes confeccionam e serviram e tudo regado com o bom vinho da Adega Casal Martins e em que o Vitor Martins e a sua esposa Anca Poiana Martins de espingardas apontadas, não conseguiram descortinar nenhum javali. No terreno reinou o silêncio, durante pelo menos 3 longas horas, pontuado por latidos dos animais. Tudo correu bem. Registe-se que a presença de duas mulheres caçadoras é revelador de como esta atividade está a deixar de ser uma coutada masculina, como sempre foi. Registe-se que um pouco por todo o país, os javalis destroem tudo, reviram o que foi semeado, não se aproveita nada.
Os javalis, que atuam durante a noite, e, o nosso território, que felizmente não foi atacado por grandes incêndios, eles têm as condições ideais para uma capacidade maior de reprodução, mas para os conseguir tirar desta mancha densa de floresta muito mais matilhas seriam necessárias e um maior investimento, em aluga-las, já que são os caçadores que tem com a sua inscrição suportar todos os custos, o que não é fácil, apesar de mais batidas serem necessárias. António Freitas