A Assembleia Municipal de Tomar chumbou a prestação de contas da Câmara relativas a 2023, num total de 17 contra 15. PSD, Chega!, CDU, Bloco de Esquerda e CDS estiveram do mesmo lado na avaliação negativa que fizeram, sendo que os eleitos do Partido Socialista não foram, então, suficientes para evitar esta decisão. Na análise ao documento, Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, disse que os números «não contam toda a história» mas «não deixam de ser indicadores». Ficaram alguns desses exemplos, desde logo o peso da massa salarial, que se centrou em 49% da despesa corrente em 2023. Américo Costa, do Chega!, disse que o documento torna evidente que há desafios significativos a enfrentar, apontando para uma disparidade «preocupante» entre receitas e despesas e considerou que a estabilidade económica do Município «está em risco». Por sua vez, Paulo Mendes, do Bloco de Esquerda, centrou atenções na taxa geral de execução para se traçar comparações com outros anos, referindo-se a número que «ficaram aquém das expetativas». Do lado do PSD foi António Lourenço dos Santos que começou por abordar o documento, referindo-se á mensagem do presidente Hugo Cristóvão como um «rol de lamúrias e fantasmas». Bruno Graça, da Coligação Democrática Unitária, olhou para os resultados do rumo estratégico do executivo municipal alertando para a contínua perda de habitantes, que se pode traduzir numa diminuição de seis mil pessoas no decurso dos próximos anos. Francisco Tavares, do CDS, classificou como «assustador» por a Câmara não conseguir executar aquilo que disse que iria cumprir». Susana Faria, da bancada do Partido Socialista, reforçando que o equilíbrio orçamental foi cumprido.