O presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVRT), Luís de Castro, convidou os jornalistas da imprensa nacional, radiofónica e escrita e alguns blogues que escrevem sobre vinhos, bem como críticos e sommeliers para um evento dos Vinhos do Tejo muito especial, em que as mulheres são o centro do vinho. O Dia Internacional da Mulher celebra-se em Março, mas em Portugal, o mês de Maio é preponderante no que toca ao sexo feminino, pois celebra-se o Dia da Mãe e é o mês de Maria. Em vésperas do Dia da Mãe, a CVRT promoveu uma iniciativa onde veio ajuntar Enólogas e Produtoras dos Vinhos do Tejo, dando a conhecer os seus projectos e vinhos. Pelo feedback de algumas presentes e que não se conheciam, já que presentes estavam enólogas e produtoras de grandes quintas e de quintas mais pequenas, foi muito positivo terem se juntando, pela primeira vez, conhecido e trocado experiências, ao mesmo tempo que os vinhos que representavam eram provados por um plantel alargado de quem tem por missão divulgar os vinhos de Portugal e a CVR Tejo ou melhor os vinhos Tejo, tem necessidade de se mostrarem, promoverem e serem cada vez mais conhecidos. O local escolhido foi o restaurante, propriedade e três jovens ribatejanos: Mãe – Cozinha com Amor, sito na Rua Dona Estefânia, 92B em Lisboa.
Estiveram à prova vinhos variados, com o intuito de mostrar a diversidade que existe na região, mas privilegiando a sua identidade. O programa, com prova comentada (um vinho por enóloga/produtora) seguiu-se o almoço com sabores do Tejo.
Longe vai o tempo em que a mulher, no mundo dos vinhoseram muito poucas, e as primeiras enólogas de Portugal por vezes eram notícia. O papel da mulher na vinha, era no trabalho do campo e nas vindimas e preconceitos antigos e ideias formadas, vividas por quem nasceu e cresceu num mundo rural de vinhos, era o de que na altura da fermentação, ou envasilhamento a mulher pura e simplesmente não tinha entrada na adega, por haver dúvidas se teria, sob o ponto de vista hormonal em condições para tal. Hoje o mundo dos vinhos é também das mulheres e temos grandes enólogas, a quem mestres da enologia e professores das faculdades salientam que a mulher tem o seu lugar neste competitivo mundo dos vinhos.
Tomar presente com enólogas e produtoras – Na sub região dos Vinhos Tejo – Tomar estiveram presentes a enóloga e produtora Anca Martins, Teresa Nicolau enóloga do Solar dos Loendros e a produtora Rita Vidal do Casal das Freiras.
Teresa Nicolau – Enóloga.
Iniciou no Tejo a sua carreira como Enóloga em 2001. Passando por Adegas Cooperativas da Região, está atualmente na Bairrada e em produtores do Tejo (sub região – Tomar). A paixão pelos vinhos começou cedo, e a descoberta das sensações foram-se apurando com o saber-fazer empírico de gerações com quem pode trabalhar confluindo como saber cientifico.Desde 2010 que ocupa o lugar de responsável de enologia da Casa Agrícola Solar dos Loendros, em Tomar. Com a reconversão das suas vinhas visando a melhoria da sua adaptação e preservando as castas tradicionais da região, renovaram-se os vinhos desta Casa Agrícola.Nasceu assim o vinho “O Mordomo” que é o reflexo do trabalho desenvolvido. Este vinho apresentado “Mordomo 2014” vinificado a partir da casta Touriga Nacional 13% volume é vendido ao preço de 6,5 garrafa
Rita Vidal – Produtora.
Acompanha o trabalho nas vinhas e na adega, sou responsável pelo Enoturismo e pela área comercial. Pretende assim, dar continuidade a este projecto vínico, contribuindo com uma dinâmica mais jovem, salvaguardando as nossas tradições familiares e a tipicidade da nossa região e dos nossos vinhos. De geração em geração, uma enorme transmissão afetiva ao Casal das Freiras, levou-a a retomar em 2017, o trabalho já iniciado pelo seu pai, o conhecido José Vidal. O vinho em prova foi o Casal das Freiras Reserva Tinto 2013, obtido das castas Touriga Nacional, CabernetSauvignon e Castelão de 14% graus de teor alcoólico e preço de venda de 7,5 Euros.
Anca Martins – Produtora/Enóloga
Anca Martins, engenheira e enóloga de profissão, tornou-seprodutora de vinhos em 2013, lançando-se no projeto Adega Casal Martins. Anca Martins apostou na produção de uvas de vinhas próprias, com a plantação da primeira vinha na freguesia dos Casais em Tomar. A vinificação também é feita na adega na mesma freguesia que foi crescendo e hoje se a firma no panorama dos produtores de vinhos da CVR Tejo e da região de Tomar. Situada a pouco mais de 1 Km da cidade de Tomar, a Adega destaca -se pela sua simplicidade aliada á excelente qualidade dos seus vinhos. A Adega Casal Martins encontra-se implantada na região do Ribatejo, mais propriamente no concelho de Tomar. A sua situação geográfica encontra-se privilegiada pela sua paisagem sublime e singular, bem como pela história do concelho, património, tradições, usos e costumes. É, por excelência, uma terra de boas vinhas e de bons vinhos. O Vinho em prova foi o “Castelo Templário” produzido a partir das Castas Touriga Nacional,CabernetSauvignon, Castelão com Teor Alcoólico14 % v/v com envelhecimento; em garrafa a temperaturas controladas, durante 4 meses, antes da sua comercialização. Da análise sensorial salienta a produtora e enóloga: Amadurecido nas mais nobres terras templárias e elaborado a partir de uma cuidadosa seleção das castas Touriga Nacional, CabernetSauvignon e Castelão, este vinho de cor rubi e aroma frutado destaca-se pela sua complexidade e elaboração. Na boca apresenta-se estruturado com volume e ao mesmo tempo aveludado, recomenda-se ser consumido entre os 16 e 18ºC. O preço venda ao publico é de 7.00€ a garrafa. António Freitas com Assessoria Mediática de Joana Pratas e fotos de Gonçalo Villaverde
