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TOMAR – Antiga “Gráfica” cada vez mais perigosa para a via pública: trabalho de alunos coloca a nu fragilidades do edifício

Um dos mais emblemáticos espaços do centro histórico de Tomar, a Gráfica, foi alvo de um estudo levado a cabo por alunos do 12º M da Escola Secundária Jácome Ratton, trabalho este apresentado em plena sessão da Câmara Municipal de Tomar, altura em que os alunos expressaram alguns dos resultados obtidos e questionaram, também, o executivo sobre aquilo que está projectado para aquela estrutura que, recorde-se, é privada.

Situado na Rua Infantaria 15 – a meio caminho entre a Praça da Republica e o Cine Teatro Paraíso – o imóvel albergou uma gráfica e uma papelaria/livraria, encontrando-se actualmente devoluto e profundamente degradado. Este facto levou à elaboração do estudo apresentado à autarquia e onde é colocado um conjunto de questões, nomeadamente sobre a segurança da estrutura. Como revelou o vereador Rui Serrano, não têm sido efectuadas vistorias ao espaço e há real possibilidade da queda de materiais para a via pública: «Não fizemos nenhuma vistoria ao edifício mas posso adiantar que já tivemos reuniões com o proprietário desde o início do mandato no sentido de proceder à intervenção no âmbito das áreas de reabilitação urbana. O proprietário mostrou interesse em intervir, procurando, de certa forma, um enquadramento ao nível dos fundos comunitários. O estado de conservação do edifício requer atenção e acompanhamento pois está devoluto há bastante tempo, sendo que o proprietário está sensível a fazer uma intervenção de forma a reabilitar. Mas existe a possibilidade de, na cobertura, haver a queda de algumas telhas. Alertámos o proprietário para essa questão. Quanto a eventuais maus cheiros, não é nada que nos tenha sido reportado mas iremos ter isso em consideração».

Quanto à questão da reabilitação do imóvel, este processo implica um elevado investimento. Como referiu a presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas, os proprietários pretendem recorrer a fundos comunitários que estão definidos para o efeito. O problema, neste momento, reside na definição das normas que vão constar do Instrumento Financeiro e que ainda estão por aprovar no âmbito do Quadro Comunitário 2020.