Anabela Freitas “abriu o livro” em torno dos assuntos mais quentes das últimas semanas, no âmbito estritamente político da gestão da Câmara de Tomar. Em entrevista concedida ao «Voz do Concelho», da Hertz, a presidente da autarquia nabantina foi questionada sobre se compreendia a tomada de posição do vereador Rui Serrano que, recorde-se, renunciou aos pelouros que lhe tinham sido confiados. Anabela Freitas classificou esta polémica como um «não-assunto» mas não deixou de admitir que não se sentiu traída pois entende que a existência deste sentimento seria «dar demasiada importância»: «(risos)… Isso para mim é um não-assunto… Soube isso ao mesmo tempo do que a comunicação social e por mail. Quando tenho algo a dizer, digo cara-a-cara. Se me senti traída? Era dar demasiada importância».
Anabela Freitas abordou, ainda, a relação com Bruno Graça, vereador-parceiro de coligação, e com a CDU, reagindo às palavras proferidas por Paulo Macedo, líder da bancada comunista na Assembleia Municipal de Tomar. Na altura, recorde-se, o eleito disse que «a CDU é a força melhor preparada para governar no meio de alguma bagunça», deixando, então, críticas implícitas ao próprio Partido Socialista. Anabela Freitas disse compreender a posição da Coligação Democrática Unitária a um ano de eleições e quanto a Bruno Graça garantiu que não se sente refém das ideias do vereador: «Não me senti refém das ideias de Bruno Graça. Mas é importante que se perceba que são dois partidos que estão em causa, que têm duas ideologias. E quando se governa em coligação tem de haver negociação. Numas matérias, cede o Partido Socialista; noutras tem cedido a CDU. Em algumas matérias não avançamos mais depressa porque necessitamos de negociar. Quanto às palavras de Paulo Macedo, não fiquei surpreendida com essas palavras. Estamos a um ano de eleições e entendo que não seja fácil para a CDU partir coligado para essas eleições. Terá que se demarcar muito bem. A CDU vai ter que me atacar… É um dilema que a CDU tem e percebo que isso não seja fácil».