Américo Pereira, presidente da União de Freguesias Serra/Junceira, aproveitou a recente sessão da Assembleia Municipal de Tomar para deixar duras críticas a algumas instituições de solidariedade que, no seu entender, «andam a brincar à caridadezinha».
O autarca, a propósito de uma proposta apresentada pelo Partido Social-Democrata em torno da Carta Social, assumiu este tom e deixou entender que de entre algumas entidades mencionadas no texto estão algumas das visadas: «A carta social do concelho de Tomar não faz sentido porque já existe o CLAS. O que interessava, isso sim, era que, de uma vez por todas, as entidades, de entre algumas que estão aqui referidas e outras que não estão, deixassem de brincar à caridadezinha e começassem a funcionar em rede, de forma articulada, de forma a melhor servir a população sem permitir abusos. Há muitas entidades que querem brincar à caridadezinha, com grandes paragonas, conferências de imprensa para dar cabazes… enfim, é um regabofe que não faz sentido nenhum».
Relativamente à proposta propriamente dita, que foi aprovada por maioria, o PSD aponta a Carta Social como um «documento que analisa o território concelhio face às várias valências de acção social e aponta caminhos orientadores para a actuação do terreno, bem como metas programáticas e temporais, em relação à necessidade de novos equipamentos, reformulação dos existentes, atribuição de apoios ou introdução de respostas inexistentes em Tomar».