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TOMAR – Agora é oficial: Câmara deliberou, por unanimidade, atribuir o nome da judoca Patrícia Sampaio ao pavilhão municipal

Agora sim, é oficial: a Câmara Municipal de Tomar deliberou, por unanimidade, atribuir o nome de Patrícia Sampaio ao até agora designado por Pavilhão Municipal Cidade de Tomar. «A iniciativa surge como homenagem à judoca, que conseguiu o maior feito de sempre do desporto tomarense ao conquistar a medalha de bronze na categoria -78 kg dos Jogos Olímpicos de Paris», justificou a autarquia em nota de esclarecimento. O Município já antes homenageara a atleta com a atribuição da Medalha Municipal de Valor Desportivo, em 2019 e a Medalha de Honra do Município, em 2020, sendo até hoje a única personalidade duas vezes distinguida nas cerimónias comemorativas do Dia de Tomar. Hugo Cristóvão, presidente da Câmara, justifica esta homenagem pelo feito notável alcançado pela judoca da Gualdim Pais, sendo que o autarca falou em exemplo, dedicação e disponibilidade para com a comunidade. Luís Francisco, vereador do Partido Social-Democrata, sublinhou que nada tem contra a atribuição do nome de Patrícia Sampaio ao Pavilhão Municipal, considerando, ainda assim, que a «oportunidade é um bocadinho forçada», advertindo que deveria ter passado mais algum tempo para que essa atribuição pudesse ser feita.

«Nascida nesta cidade em 1999, Patrícia Sampaio desde cedo descobriu no judo o grande objetivo da sua vida, à medida que acompanhava o percurso do irmão mais velho, Igor, que era atleta na Sociedade Filarmónica Gualdim Pais. Nenhum deles sabia ainda que também ela percorreria os mesmos passos no tatami, e viria ele próprio a ser seu treinador», reforça o mesmo texto. «Mas quando Patrícia iniciou a prática da modalidade, começou a intuir-se a sua grande qualidade e determinação, que lhe foram dando títulos nacionais nas diversas categoriais. Enquanto júnior, foi bicampeã europeia e medalha de bronze nos mundiais. Conquistaria igualmente o título europeu de sub-23. A pandemia e algumas lesões tornaram mais difícil o seu percurso nos anos em que iniciou a carreira sénior. Ainda assim foi uma das representantes portuguesas nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Resiliente e determinada, regressou aos Jogos em 2024, em Paris, com uma vontade de vencer que só esbarrou naquela que viria a ser a campeã olímpica. Com uma atitude quase felina, conquistou a medalha de bronze e tornou-se um dos ícones da delegação portuguesa. A seguir, conquistou os portugueses com a sua enorme simpatia. E ainda teve direito a ser porta-estandarte de Portugal na cerimónia de encerramento», acrescenta o Município.