Os números dizem respeito a 2017 e constam do relatório do canil-gatil intermunicipal de Tomar que, para além de ter animais do concelho nabantino, recebe, ainda, cães e gatos recolhidos em Ferreira do Zêzere e Vila de Rei: foram eutanasiados 21 cães durante o último ano, ao passo que nenhum animal foi esterilizado. Quanto à diferença entre recolhas e adopções, as notícias são boas uma vez que foram encaminhados para as instalações 88 cães em contraponto com as adopções (94), neste caso de cães, para além de 29 no que a gatos diz respeito.
Importa sublinhar que o Governo criou um Decreto Lei n.º 27/2016, de 23 de agosto, que «estabelece a proibição do abate de animais errantes como forma de controlo da população», Lei essa que só tem efeitos práticos a partir de 22 de setembro deste ano. Até lá, diz esse texto, a Direção-Geral de Veterinária e os municípios devem criar condições para efetuarem a esterilização dos animais, condições essas que Tomar não tem, não só por falta de recursos financeiros mas também de meios humanos.
Quanto à polémica eutanásia, diz o ponto 6 do Artigo 3º que esta operação só pode ser realizada «em casos comprovados de doença manifestamente incurável e quando se demonstre ser a via única e indispensável para eliminar a dor e o sofrimento irrecuperável do animal». Perante estes números, a Hertz contactou Hugo Cristóvão, vice-presidente da Câmara de Tomar, que começou por garantir que a eutanásia foi aplicada dentro da Lei, não deixando de justificar, ainda, a não-realização de esterilizações: