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TOMAR – Sociedade Filarmónica Gualdim Pais “do lado” dos professores que, por falta de dinheiro, não conseguem dar aulas. Estado continua sem pagar

O designado Ensino Artístico continua a debater-se, dia após dia, com dificuldades que colocam em causa o normal funcionamento das actividades previstas no ano lectivo. A Sociedade Filarmónica Gualdim Pais não foge à regra, sendo que por estes dias, quarta e quinta-feira, haverá registo para aulas dos cursos de música e dança que, pura e simplesmente, não poderão ser realizadas. O motivo prende-se com a falta de capacidade financeira de alguns professores em marcar presença na Gualdim Pais. Os docentes têm ordenados em atraso face à demora de transferência de verbas por parte do Estado que, pasme-se, ainda não fechou as contas do último ano lectivo relativamente ao Ensino Artístico. Alexandre Antunes, da direcção da Sociedade Filarmónica, em entrevista à Hertz, confirmou estas mesmas dificuldades, deixando claros os motivos pelos quais estes problemas estão a surgir: «A Sociedade Filarmónica Gualdim Pais não cancela todas as aulas… O que acontece é que há ausência de professores que deveriam dar as aulas. Isto é uma situação que terá de ser gerida. Para que fique claro, não é a Sociedade Filarmónica que cancela as aulas mas sim os professores que estão a faltar porque não têm dinheiro para poder dar as mesmas. Estão, assim, em causa, todas as aulas dos cursos de música e dança agendadas para esta quarta-feira. Posso garantir que hoje já estamos com algumas faltas. E para esta quinta-feira já tivemos professores que já disseram que também não podiam aparecer para dar as aulas. Convém referir que como instituição e a direcção pedagógica tem todas as actividades em aberto e não podemos dizer que não irá haver qualquer actividade pois as mesmas estão marcadas. A posição é sempre dos professores. A Sociedade Filarmónica compreende estas dificuldades sentidas pelos professores. Sabemos que não é viver com ordenados em atraso e com o Estado, que deveria assegurar estes professores do ensino artístico, já que ainda não estão fechadas as verbas do ano lectivo passado e ainda não começou a pagar deste ano – e já estamos no final do primeiro período… É difícil para qualquer escola assegurar o normal funcionamento».