No passado dia 25 de outubro, os claustros do Convento de Santo António, na Sertã, receberam a oitava edição das “Tertúlias”, uma iniciativa da AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), dirigida a empresários na área da hotelaria, restauração e turismo. Cláudia André, Vereadora do Turismo da Câmara Municipal da Sertã, deu início à tertúlia dando as boas-vindas a todos, congratulando-se por terem escolhido a Vila da Sertã. A autarca focou a necessidade de se combater o estigma do interior ao mesmo tempo que elencou as ofertas turísticas do interior como sendo as melhores do país: autenticidade, qualidade ambiental e a qualidade de vida. Quando questionada acerca da recentemente criada “Rota da EN2”, referiu tratar-se de “uma boa razão para as pessoas se porem ao caminho e descobrirem o interior”.
Joaquim Ribeiro, Vice-presidente da AHRESP, referiu que a realidade não é linear no que toca ao Turismo e Hotelaria. O Turismo tem crescido nos anos anteriores “muito pelo carinho que os governos têm demonstrado”. Aquele responsável referiu ainda alguns fenómenos que possibilitaram o aumento do Turismo em Portugal como o surgimento de companhias low cost, os conflitos no Médio-Oriente que desviam os turistas para outros destinos, entre outros. “Os Municípios são elementos agregadores mas o que faz a diferença é a união e associação de empresários, formando uma estrutura mais forte. A capacidade de se organizar e associar é fundamental, através de associações e parcerias que possibilitem recorrer a fundos e comparticipações de despesas de participação em feiras, por exemplo”, sublinhou Joaquim Ribeiro.
Carlos Marçal, empresário de hotelaria e restauração no concelho da Sertã, referiu que “a maioria dos turistas não conhecem a Sertã, vêm pelo hotel, que é fruto do trabalho desenvolvido junto dos operadores turísticos.” Elsa Marçal concluiu dizendo que “o problema foi vender o destino porque a oferta sectorial não é integrada, tem que ser vendida num todo”. Joaquim Ribeiro tomou novamente a palavra para referir que a união é decisiva na resolução das grandes questões e que a criatividade deverá estar sempre presente. “Temos que passar da constatação para a ação”, frisou. Ao nível da inovação referiu a necessidade de se estabelecerem parcerias alargadas a outros sectores de atividade: a título de exemplo, ao invés de feiras de turismo, sugeriu a participação em feiras de calçado no estrangeiro, colocando nessas feiras um stand turístico. A tertúlia foi moderada por Ricardo Ambrósio, Presidente da AHRESP de Castelo Branco, e contou com a presença de dez empresários da região dos sectores da hotelaria, restauração e turismo.