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SERTÃ – Programa cultural em rede regressa ao concelho

A Programação Cultural em Rede do Médio Tejo está de regresso ao concelho da Sertã a partir de hoje, prolongando-se pelos meses de julho e agosto. Trata-se do programa “Caminhos da Natureza”, promovido conjuntamente pelos municípios de Sertã, Ferreira do Zêzere, Mação e Vila de Rei. Nos dias 3 e 4 de junho, a Biblioteca Municipal Padre Manuel Antunes, na Sertã acolhe, a partir das 18h30m o espetáculo Marionetas de Circo. Todo feito de marionetas com personagens do circo como o trapezista, o malabarista, o contorcionista, entre outros, este espetáculo revisita números clássicos europeus de variedades com marionetas de fios.

Nos dias 9, 10 e 11 de junho a Música ruma ao Castelo da Sertã com diversos concertos. No dia 9 de junho, quinta-feira, realizam-se os concertos de Filho da Mãe, às 21h30, seguindo-se Birds Are Indie às 22h30m. A 10 de junho, também no Castelo da Sertã, Lika subirá ao palco às 21h30m, seguindo-se os Noiserv, às 22h30m. No dia 11 de junho, no mesmo local, realizam-se os concertos de Surma, às 21h30m, e Benjamim às 22h30m. Na semana seguinte, a 18 de junho, o Hotel da Montanha, em Pedrógão Pequeno recebe o concerto de Harpa de Helena Madeira. Os espetáculos são de entrada livre.

Birds Are Indie
Banda independente surgida em Coimbra em 2010, tem-se afirmado junto do público e da crítica, bem como tocado por todo o país e por Espanha, onde apresentam a sua forma peculiar de estar em palco. As suas canções possuem um registo minimalista mas são caracterizadas como “melódicas e radiosas”. No álbum “Migrations” está muito presente a ideia de ida e regresso, seja porque o disco vagueia entre diferentes períodos na vida musical e pessoal da banda.

Filho da Mãe
Rui Carvalho é Filho da Mãe, que virá apresentar o novo disco “Terra Dormente” que foi gravado ao longo de dois anos entre Lisboa e Ílhavo. Trata-se do regresso do Filho da Mãe aos discos, entendido como uma conquista para Rui e para quem o segue, depois de atravessar dois anos de pandemia que várias vezes se assemelharam a um túnel sem saída aparente, servindo de inspiração ao músico.

Noiserv
Noiserv surgiu em 2005 pelo músico David Santos e tem vindo a afirmar-se como um dos mais criativos e estimulantes projetos musicais em Portugal na última década. O seu percurso tem sido marcado pela criação de canções capazes de atingir cada individuo na sua intimidade, relembrando-lhe vivências, momentos e memórias intrincadas entre a realidade e o sonho.
Noiserv, a quem já chamaram “o homem-orquestra” ou “banda de um homem só”, trará na bagagem o mais recente trabalho “Uma Palavra Começada por N”, em que assume um tom mais confessional que os registos anteriores e aproxima-se ainda mais do ouvinte, através da sonoridade que sempre o caracterizou aliada à sua língua materna.

Lika
Cantora, guitarrista e compositora com origens do Cazaquistão, vive em Lisboa há já vários anos. Numa casual viagem a Portugal, conheceu músicos portugueses que a desafiaram a ficar em terras lusas e estudar música no Hot Club. Lika virá à Sertã apresentar o seu primeiro álbum de originais – “Back to Zero”. As suas músicas são uma mistura de Groove, Pop com influências de rock, jazz ou até de funk dos anos 70. As suas letras são cantadas principalmente em inglês e têm conquistado a atenção de pessoas em todo o mundo, com milhares de ouvintes em todos os continentes.

Benjamim
Chama-se Luís Nunes, mas edita discos como Benjamin. Editou diversos discos durante a sua estadia em Londres, tendo regressado a Portugal, instalando-se no Alentejo. Conta no currículo com inúmeros concertos de norte a sul do país e também em Espanha. Vem à Sertã apresentar “Vias de Extinção”, trabalho muito aguardado após “Auto Radio” de 2015. “Vias de Extinção” foi considerado em 2021 o Melhor Trabalho de Música Popular pela Sociedade Portuguesa de Autores.

Surma
Sozinha em palco, rodeada de uma dúzia de instrumentos e com a sua voz, Surma inspira-se no silêncio para criar um universo próprio de canções que tanto bebem no jazz, na electrónica e numa multiplicidade de influências para explorar caminhos nem sempre óbvios mas com uma identidade, vincada, uma fonética própria e capaz de criar momentos únicos de viagem.
Em Portugal tanto atuou em festivais como o NOS Alive, Super Bock Super Rock, NOS Primavera Sound ou Paredes de Coura como no circuito de pequenos clubes ou nas salas como a Gulbenkian e o CCB. Foi nomeada para os Prémios Sophia pela composição para “SNU” e esteve envolvida em processos de criação colaborativa com nomes como Rodrigo Leão, João Hasselberg, Quim Albergaria, Russa, Dj Glue, Victor Araújo, Tomara ou Tiago Bettencourt.

Helena Madeira
Licenciada em Antropologia e Língua Italiana, Helena Madeira frequentou ao mesmo tempo o curso de Canto e de Harpa no Conservatório de Música de Lisboa. Além de ter acompanhado diversos intérpretes como Sofia Escobar e composto bandas sonoras para diversos eventos, a artista conta já com a edição de dois álbuns de música original. No concerto de Pedrógão Pequeno, Helena conduzirá o público uma viagem inaudita onde a voz e o canto se unem com o objectivo de assumir a harpa como instrumento solista, versátil e que serve que nem uma luva à alma musical portuguesa. Neste espectáculo, a artista dirige um verdadeiro convite à redescoberta dos cânticos da Beira Baixa, da cadência do adufe, do lamento do fado e das raízes da poesia árabe do Al-Gharb que a conquistou, num concerto que se adivinha fresco e intimista.

A Programação Cultural em Rede – “Caminhos da Natureza” é financiada pelo CENTRO2020 e abrange os Municípios de Ferreira do Zêzere, Mação, Sertã e Vila de Rei. Consiste num programa de seleção de locais e objetos artísticos e culturais para a valorização e divulgação de bens culturais e patrimoniais. Pretende-se que os eventos potenciem uma dinâmica entre as artes, o público e economia local (comércio, hotelaria, restauração e serviços), estimulando a economia da região através do turismo atraído pela procura de produtos culturais diferenciadores.

O projeto “Caminhos da Natureza” é composto por diversas ações que percorrerão diversos locais dos quatro concelhos abrangidos, assentando no desenvolvimento de novas experiências e na dinamização, promoção e desenvolvimento de bens culturais e naturais – materiais e imateriais, como forma de diferenciação, competitividade, diminuição de assimetrias e reforço da coesão territorial, através da atratividade e promoção da imagem da região.

Na região do Médio Tejo, a Programação Cultural em Rede é promovida pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e pelos municípios de Sertã, Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha. O projeto é cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER.