Rocha Mota, Fernando Homo Sapiens ou Calhau Lopes. Os nomes e apelidos podem soar estranhos aos menos iniciados mas para milhares de crianças portuguesas, que já mergulharam no imaginário criado pelo escritor Nuno Caravela na série «O Bando das Cavernas», estas personagens são familiares e facilmente identificáveis como Rosa Mota, Carlos Lopes ou Fernando Pessoa, respetivamente. Nuno Caravela e as suas loucas personagens pré-históricas, que enchem os livros da série «O Bando das Cavernas», estiveram, no passado dia 7 de abril, na Biblioteca Padre Manuel Antunes, na Sertã. No segundo piso da biblioteca e com um cenário a rigor, onde não faltaram diversos adereços da Idade da Pedra, como um carro da época movido a ‘força de pés’, Nuno Caravela foi recebido entusiasticamente pelas quase oito dezenas de pessoas (entre adultos e crianças), que ali se deslocaram.
O ambiente de época estava criado e para início de festa, um grupo de 12 crianças encenou excertos de dois dos seus livros, encarnando algumas das personagens, em verdadeiro espírito pré-histórico. Nuno Caravela, que é atualmente o escritor português mais mediático junto do público infantil e com livros a somarem edições sucessivas, agradeceu a receção e falou sobre a sua obra, sintetizando o seu percurso literário e abordando os motivos que o inspiram para a criação destas e de outras histórias. Os enredos verdadeiramente originais cruzam locais tão improváveis como o Aeródromo de Calhaus Rubros (Aeroporto Francisco Sá Carneiro – Porto) e personagens inesperadas como Ualte Dizz Nei (Walt Disney). As crianças presentes mostraram-se muito interessadas e não deixaram de colocar diversas questões ao autor, que com os 20 volumes de «O Bando das Cavernas» já vendeu quase 300 mil exemplares, só em Portugal. Esta série, criada em 2012, tem conquistado os mais novos e para breve estão na forja mais aventuras do bando, onde figuram personagens como o Tocha, Ruby, Menir, Kromeleque, Tzick ou o Sabre.