A Alameda da Carvalha, na Sertã, foi palco da quinta edição do Festival de Gastronomia, em que o Maranho foi rei, num certame que contou com milhares de visitantes. A edição deste ano trouxe algumas novidades: mais um dia de certame, a conferência “Gastronomia e Tradição”, ateliê de apicultura para os mais novos, sessão se showcooking e a transmissão em direto dos programas “Terra a Terra” da TSF e “Somos Portugal” da TVI.
Não faltou a animação musical, na sua maioria com grupos locais, assim como expositores, restaurantes e tasquinhas. O primeiro dia de festival teve Cuca Roseta como cabeça de cartaz.A sessão de inauguração contou com as intervenções de José Farinha Nunes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, Adriana Rodrigues (Turismo do Centro), Carlos Costa Neves (Deputado da Assembleia da República pelo Círculo de Castelo Branco) e Jorge Moreira da Silva, Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.
José Farinha Nunes começou por referir o objetivo daquele certame: “consolidar a divulgação e a imagem desta nossa iguaria gastronómica” de modo a que “o Maranho atinja o reconhecimento de produto gastronómico endógeno com o qual se identifique claramente o Concelho da Sertã e esta região.“ “Para a agricultura e para a economia local, este evento tem relevância acrescida, uma vez que incentiva a criação de gado caprino e a produção de hortelã”. O autarca referiu a criação da Aproser – Associação de Produtores do Concelho da Sertã que tem como objetivos promover e valorizar os mais variados produtos endógenos do Concelho. “A Sertã está empenhada em quebrar as barreiras da interioridade, assumindo-se como um Concelho inconformado, que não teme os novos desafios que se colocam ao interior do País, a que eu prefiro chamar coração de Portugal,” finalizou o autarca.
Para Jorge Moreira da Silva, Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, a valorização dos produtos característicos de cada região possibilita o desenvolvimento do território e benefícios económicos daí decorrentes.No segundo dia do festival, na conferência “Gastronomia e Tradição”, Cláudia André, Vereadora da Câmara Municipal da Sertã, divulgou dados relativos à produção do Maranho no concelho. Em 2014, a Sertã produziu e vendeu 57 toneladas de maranho, sustentando 101 postos de trabalho diretos. Seguiu-se Virgílio Gomes, cronista de alimentação, que apresentou os principais conceitos da dieta mediterrânica, salientando a importância do consumo dos produtos da terra (da época) em detrimento das grandes porções de carnes vermelhas e gordas. Numa linha de continuidade com o cronista, o Chef Hélio Loureiro reiterou a importância de manter a tradição.
A conferência integrou ainda, na parte da tarde, a visita a um produtor de Maranho, a que se seguiu o showcooking com o Chef Hélio Loureiro, que teve lugar no recém-requalificado edifício da antiga Escola da Carvalha.Do programa do festival fizeram também parte jogos sem fronteiras para as crianças, na ribeira, com jogos tradicionais e desportos aquáticos. No ateliê dedicado à Apicultura, os mais novos foram consciencializadas o papel das abelhas na do mel, a importância da flora na qualidade do mel da região e provaram a doçura dos favos da colheita de 2015.www.cm-serta.pt