O Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural informou a Câmara Municipal da Sertã de que a certificação do Maranho da Sertã, enquanto produto com Denominação de Origem Protegida (DOP), está praticamente concluída, entrando agora na reta final do processo legislativo. José Farinha Nunes, presidente da Câmara Municipal da Sertã, mostrou-se “muito satisfeito com a notícia” e diz que “esta é o corolário de um longo processo de certificação do Maranho, que o Município da Sertã empreendeu, conjuntamente com a Associação de Produtores do Concelho da Sertã (Aproser)”. “Sempre acreditámos na viabilidade deste projeto de certificação, que considerávamos fundamental para a afirmação do Maranho. O Maranho precisa desta certificação e a Sertã reforça assim o seu estatuto enquanto terra de origem desta iguaria que é produzida no nosso concelho há mais de dois séculos”, sublinhou José Farinha Nunes. A certificação DOP, regulamentada pela União Europeia, protege os nomes dos produtos cuja produção, elaboração e transformação ocorrem numa região delimitada. Garante, deste modo, ao consumidor que o produto tem sabor e aroma diferenciados, que foi obtido ou processado de forma tradicional, que tem uma enorme ligação ao território e ao saber fazer, e que foi sujeito a um rigoroso sistema de controlo independente. Todos os produtos com DOP apresentam a respetiva menção, assim como a marca de conformidade e o logótipo comunitário. “É importante ter a perfeita noção do que a certificação DOP significa para um produto. Neste caso em particular, quer dizer que o Maranho recebe o nome da região e lugar onde foi produzido e que as suas caraterísticas dependem, única e exclusivamente, desta mesma região, ou seja a Sertã”, explicou José Farinha Nunes. O processo de certificação do Maranho entra, agora, na sua fase derradeira. Segundo informações da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), o processo do Maranho da Sertã está pronto para seguir para Consulta Pública nacional, aguardando-se apenas a publicação em Diário da República do respetivo documento oficial. Para José Farinha Nunes, a certificação DOP não “é meramente simbólica, mas antes um veículo importante conducente à criação de valor acrescentado para o produto e para o tecido empresarial, que passa agora a vender Maranho certificado e com denominação de origem”. O presidente da Câmara Municipal da Sertã acredita que “2020 será o ano do Maranho, ganhando assim um novo impulso que será concerteza saudado por todos os agentes económicos da nossa região, que têm sabido transformar este produto numa iguaria absolutamente singular”.