No próximo dia 30 de maio, a partir das 18 horas, o SerQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta, na Sertã, acolhe mais uma sessão de “Cafés de Ciência”, desta feita alusiva ao tema “Plantas medicinais – paliativas ou medicinais?”, dinamizada por Maria da Graça Campos, do Observatório de Interações Planta-Medicamento da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.
Os “Cafés de Ciência” são conversas informais sobre ciência, abertas a todas as idades, integradas no ciclo de conversas promovido pelo SerQ em parceria com Município da Sertã e o Exploratório – Centro de Ciência Viva de Coimbra. Com participação gratuita, os “Cafés de Ciência” decorrem na última terça-feira de cada mês, até ao final do ano, das 18 às 19 horas, nas instalações do SerQ, na Zona Industrial da Sertã.
As Plantas Medicinais sempre fizeram parte do processo curativo das populações, no entanto, com a alteração da legislação dos “Suplementos Alimentares” no Senado Americano em 1990, criou-se um mercado que as explora sem fronteiras incentivando um uso indiscriminado das mesmas que conduz muitas vezes a acidentes graves, com compromisso até da vida humana. A Organização Mundial de Saúde tem uma enorme preocupação com este uso irracional e, no seu plano estratégico para 2014-2023, prevê a nível mundial um avanço para que volte a existir um uso racional deste bem tão precioso que são as Plantas Medicinais.
Maria da Graça Campos é coordenadora do Observatório de Interações Planta-Medicamento da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra onde é docente e investigadora há 32 anos. Pertence a vários grupos de trabalho no âmbito das Plantas Medicinais nomeadamente na Organização Mundial de Saúde, na “International Regulatory Cooperation for Herbal Medicines (Cooperação Internacional na Regulação dos Medicamentos à Base de plantas), no INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, na Comissão da Farmacopeia Portuguesa aonde estão inscritas as Plantas medicinais, no Grupo de trabalho “GT Definição de fronteiras entre medicamentos e suplementos alimentares” e na Administração Central do Sistema de Saúde, no Conselho Consultivo para as Terapêuticas não Convencionais.