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SERTÃ – Apresentação do estudo da qualidade do serviço de redes móveis no concelho

Decorreu no Edifício dos Paços do Concelho a reunião da ANACOM com autarcas, para apresentar um estudo sobre a qualidade de serviço das redes móveis no concelho da Sertã e debater a qualidade das comunicações. Estiveram presentes Carlos Alberto de Miranda, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, Rui Antunes, Vice-Presidente, e representantes de todas as juntas e uniões de freguesia do concelho. João Cadete de Matos, Presidente da ANACOM, esteve acompanhado por Patrícia Silva Gonçalves, Administradora, e pelos directores Vitor Rabuge e Ilda Matos. O estudo apresentado baseou-se em medições de testes realizados no concelho da Sertã, nos meses de setembro e outbro de 2021 e janeiro de 2022, que tiveram por objetivo avaliar o desempenho das comunicações móveis das operadoras MEO, NOS e Vodafone. No que diz respeito à cobertura, no global, em 9% dos valores registados a qualidade é “Inexistente” ou “Muito Má” ou “Má” (a contribuição para este valor por operador é de: 33% no caso da NOS, 33% no caso da MEO, e em 22% no caso da Vodafone). Nos níveis opostos, “Boa” e “Muito Boa”, a Vodafone regista 46%, a MEO regista 41%, e a NOS regista 29%. Em algumas localidades do concelho da Sertã, dois ou mais operadores não asseguram qualquer cobertura, ou mesmo que assegurem cobertua a qualidade da mesma é considerada Inexistente/Muito Má/Má. É o caso de Almegue, Casal do Moinho, Portela de Oliveira e Sambado. Os autarcas não se mostraram surpreendidos com os resultados dos testes, no entanto manifestaram preocupação com as falhas de cobertura de rede móvel verificadas em algumas partes do território de algumas freguesias, assim como problemas no que diz respeito à fibra óptica. O Presidente da ANACOM indicou algumas medidas previstas que poderão resolver situação. Mencionou as condições do leilão 5G e a decorrente obrigatoriedade de cobertura: em freguesias de baixa densidade 75% da população deverá ter internet com velocidade de 100Mbps até 2023, sendo que em 2025 a obrigação de cobertura vai até aos 90% da população. Em termos de soluções, João Cadete de Matos apontou as possibilidades de internet por satélite e roaming nacional. Neste último caso, numa situação em que o utilizador não tem sinal do seu operador, o equipamento permitiria ligar-se a outro operador com cobertura. Caso seja implementado o roaming nacional e, baseando-se no estudo apresentado, João Cadete de Matos referiu que “a qualidade mudava enormemente. Zonas que hoje não têm cobertura de um operador e têm de outro, se conjugássemos as redes dos três operadores, em 96% dos casos seria possível ter ligações de acesso para chamadas e para acesso à internet.” Carlos Alberto de Miranda, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, referiu que a Sertã é um dos primeiros concelhos do País a ser alvo deste estudo e frisou a importância das comunicações. “São as auto-estradas da economia global”. Enalteceu a presença de representantes de todas as freguesias do concelho da Sertã e referiu que o “estudo dá uma imagem muito nítida da situação do nosso concelho em termos de comunicações.” O autarca mostrou-se satisfeito com a reunião, referindo existir “alinhamento entre a nossa vontade, e o que é muito importante para o território, com a posição da ANACOM e também o alinhamento com a posição do governo, que está determinado em fazer que os processos de comunicação mais avançados cheguem com uma enorme cobertura ao interior do país”. No que diz respeito à banda larga, na reunião foi também apresentado o mapa que revelou as zonas brancas existentes nas freguesias do concelho da Sertã. Patrícia Silva Gonçalves, administradora da ANACOM, referiu a consulta pública realizada pela ANACOM, que culminará no lançamento de concurso com o objetivo de fazer chegar a fibra óptica a todo o país. Neste âmbito, destacou a elevada participação quer da Câmara Municipal da Sertã, das juntas de freguesia, da CIM Médio Tejo, assim como particulares, enviaram os seus contributos. Está prevista para este ano a abertura do concurso que visa a instalação de fibra óptica com recursos a financiamentos comunitários.