O Centro Cultural Gil Vicente acolhe, até 4 de fevereiro, o primeiro seminário Dear Doc de realização em cinema documental, organizado pela Apordoc – Associação pelo Documentário, em parceria com a ESTA – Escola Superior de Tecnologia de Abrantes e com este Município. O primeiro seminário Dear Doc é orientado pelo realizador Andrés Duque, autor de “Oleg y las Raras Artes”, filme de abertura do festival Doclisboa 2016, sobre o lendário pianista Oleg Nikolaevitch Karavaichuk (1927-2016), admirado pela sua música e pela sua forma de tocar, mas também pela sua personalidade única e excêntrica.
O seminário inclui um ciclo de filmes do cineasta no Centro Cultural Gil Vicente: o multi-premiado “Oleg y las Raras Artes” é exibido no sábado, 4 de fevereiro, às 16h30m; o filme-ensaio autobiográfico “Color Perro que Huye” na sexta-feira, dia 3, às 21h30m; as duas primeiras curtas-metragens do realizador, “Paralelo 10” e “La Constelación Bartelby”, na quarta-feira, dia 1, às 21h30m. Todas as sessões são de entrada livre e seguidas de debates com o realizador, moderados por Nuno Lisboa, diretor do Seminário Internacional de Cinema Documental Doc’s Kingdom e coordenador do programa de seminários Dear Doc.
A realizar duas vezes por ano, em fevereiro e em julho, os seminários Dear Doc de realização em cinema documental são especialmente dirigidos aos autores em início de carreira nas áreas do cinema e das artes audiovisuais. Nos mesmos moldes do seminário Doc’s Kingdom, organizado pela Apordoc desde 2000 e cuja edição de 2017 terá lugar em Arcos de Valdevez de 2 a 7 de setembro, os seminários Dear Doc propõem aos participantes uma experiência de retiro coletivo através de um programa intensivo de sessões de visionamento e discussão ao longo de uma semana, aqui dirigido para o desenvolvimento de projetos de cinema documental em curso, apresentados pelos participantes e orientados pelo realizador convidado. O realizador Andrés Duque propõe aos participantes do primeiro seminário Dear Doc de realização em cinema documental um programa intitulado “Formas Perigosas”, dedicado ao “cinema-ensaio como horizonte para o audiovisual no século XXI: como representar um mundo baseado na sobreabundância de imagens, na codificação dos arquivos de informação, na mobilidade dos múltiplos ecrãs, na esquizofrenia do mundo globalizado? O cinema-ensaio privilegia a presença da subjetividade pensante e emprega uma mistura de materiais e recursos heterogéneos, não propondo uma mera representação do mundo mas também uma reflexão sobre si mesmo, criando pelo caminho uma forma própria e o seu próprio objeto.” www.cm-sardoal.pt