Seis das oito pessoas que se faziam passar – em Santarém e Lisboa – por inspectores da Polícia Judiciária, ficaram em prisão preventiva. As medidas de coacção foram aplicadas pelo Tribunal, que não teve dúvidas em punir a maior parte dos suspeitos com a medida mais gravosa. Recorde-se que estas detenções foram efectuadas na madrugada do dia 4 de Outubro, por suspeitas da prática do crime de roubo qualificado e de usurpação de funções. Os detidos, alguns com antecedentes criminais pelas mesmas práticas, faziam-se passar por inspectores da Polícia Judiciária, simulando o cumprimento de mandados de busca domiciliária para roubar as vítimas. Para a realização dos roubos, os suspeitos recolhiam, na fase inicial, informação sobre as vítimas, designadamente da quantidade e valor dos seus bens. Posteriormente, faziam-se passar por inspectores para entrarem nas residências das vítimas, tendo em sua posse armas de fogo, distintivos policiais, cartões de identificação e mandados de busca falsos. Já no interior, ameaçavam e isolavam os residentes num compartimento da habitação, ao mesmo tempo que roubavam ouro, dinheiro e equipamentos tecnológicos. Numa só acção os suspeitos chegaram a roubar 8 mil euros em dinheiro e mais de 40 mil euros em ouro. Foto ilustrativa