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SANTARÉM – Consórcio Magellan 500 continua a lutar pelo aeroporto na região e rebate considerações da Comissão Técnica Independente

Em comunicado enviado para a redação da Hertz, p consórcio Magellan 500 valoriza a revisão da análise estratégica efetuada pela Comissão Técnica Independente (CTI), que reconhece o aeroporto de Santarém como uma solução viável. Contudo, discorda de que a viabilidade da solução de Santarém seja apenas como uma solução complementar, uma vez que a capacidade do aeroporto de Santarém é escalável até bem mais de 80 milhões de passageiros/ano, à medida do que vier a ser necessário, sem que a Base Aérea de Monte Real seja impactada na sua capacidade. O consórcio Magellan 500, promotor do projeto, questiona as limitações de tráfego aéreo apontadas, tendo em consideração o trabalho desenvolvido ao longo de múltiplas reuniões técnicas de topo com a NAV Portugal, E.P.E. (NAV), o apoio de consultores internacionais especializados, que resultou na identificação de soluções que estão em linha com as melhores práticas da indústria e com aplicações similares em grandes aeroportos europeus (e.g. Charles de Gaulle), como demonstrado no documento em anexo, parte integrante da pronúncia. «Nas cartas de rotas aéreas deste documento é facilmente percetível o quanto as atuais áreas militares são evitadas. Mesmo no longo prazo, apenas 2 segmentos mínimos dessas áreas seriam afetados, caso se assuma à data de hoje que a tecnologia e os sistemas de controlo de tráfego não sofrerão nenhuma evolução tecnológica. Mesmo nessas circunstâncias, as soluções apresentadas representam um impacto mínimo ou nulo De notar que as referidas áreas militares têm já atualmente utilização frequente pela aviação comercial bastante mais extensa que a proposta pelo Magellan 500, nomeadamente ao abrigo de acordos operacionais entre as entidades competentes, Força Área Portuguesa (FAP) e a NAV. Exemplo disso são os acordos operacionais que todos os Verões são celebrados entre ambas as entidades», refere o citado comunicado, que avança neste sentido: «Salienta-se adicionalmente que qualquer alteração de cartas operacionais de tráfego aéreo, que se sublinha, não limitam tecnicamente a viabilidade da Base Aérea de Monte Real, e sobretudo têm custo zero, ao invés das restantes alternativas para a localização do aeroporto que, tal como elencado pela CTI, apresentam fortes impactos nas atuais zonas militares:

– Alcochete: além de impactar o estratégico Campo de Tiro, impacta outras 4 áreas militares incluindo as bases do Montijo e Alverca;

– Vendas Novas: impacta 5 áreas militares, incluindo o Campo de Tiro de Alcochete, a base do Montijo e até o aeroporto de Beja

É do conhecimento público que, especialmente o Campo de Tiro de Alcochete é uma instalação fulcral para as Forças Armadas. Neste contexto, estranhamos que a CTI tenha pedido um ofício à Força Aérea Portuguesa (FAP), incluído no Relatório Final da CTI como um anexo do Pacote de Trabalho 2, que não nos parece levar cabalmente em conta as soluções apresentadas. Estranhamos, ainda mais, que a CTI não tenha feito idêntico pedido para os outros projetos, nomeadamente Vendas Novas e Alcochete, dando assim mais um evidente sinal de discriminação relativamente ao projeto de Santarém. Assim, resulta claro que o projeto do aeroporto de Santarém é o único que:

• Não implicará custosas, demoradas e complexas relocalizações de unidades militares, permitindo não só poupar muito dinheiro aos contribuintes, como também • Permitirá evitar as perturbações no sistema militar que tais relocalizações implicam, para mais indesejáveis num tempo em que o potencial de conflito internacional mostra infelizmente tendência crescente. Conforme temos vindo a afirmar, o consórcio Magellan 500 continuará empenhado em trabalhar conjuntamente com o próximo governo e com as autoridades competentes, mormente NAV e FAP, para esclarecer e continuar a afinar as soluções escaláveis de navegação aérea do futuro aeroporto de Santarém, estando já a reunir uma equipa reforçada de especialistas para o efeito».