Os números constam no relatório anual da Procuradoria da Comarca de Santarém e dizem respeito ao ano de 2022, neste particular com incidência para o distrito: houve um aumento das ocorrências relacionadas com a cibercriminalidade, num total de 1559 inquéritos instaurados, aumento esse que «penaliza os serviços por via da dificuldade e morosidade das investigações, propiciadora da acumulação de inquéritos sem finalização, o que, na comarca, teve especial expressão nas unidades locais do Cartaxo e do Entroncamento, por via da respetiva especialização neste tipo de ilícitos», refere o mesmo relatório. Segue-se, nesta lista indesejada, a violência conjugal, num total de 1102 participações. Significativos são, ainda, os números relacionados com a prática de incêndios florestais: só em 2022 foram 557 inquéritos. Registo, por outro lado, para a descida dos fenómenos de furto, roubo ou recetação de metais (487), correspondendo a elevada frequência relativa daqueles ilícitos «às características próprias da comarca: dispersão territorial com amplos espaços florestais ou agrícolas, mas também redes viárias estruturantes com elevado fluxo de circulação», justifica a Procuradoria. Há, ainda, a lamentar 133 novos processos relativos a criminalidade de natureza sexual contra menores. Já os fenómenos da corrupção e a criminalidade económico-financeira, desceram, no seu conjunto, para 31. Tendência inversa caracterizou o tráfico de estupefacientes (146) e os roubos em habitação (29).