O Bloco de Esquerda de Santarém apresentou, durante a passada semana, 10 novas propostas de alteração ao Orçamento para 2023. O Executivo Municipal da autarquia escalabitana chumbou todas as medidas do BE, que foram estimadas num total de 433 mil euros. «Esta foi a segunda vez que o BE propõe medidas económicas, no espaço de algumas semanas, depois da rejeição dos governantes locais do primeiro pacote anti-inflação», reforça esta força política em comunicado enviado para a Hertz. «Desta vez o BE pretendia criar um apoio para famílias com dificuldades económicas, atribuir benefícios para estudantes e a criação de um novo programa de apoio ao arrendamento. Além disso, o BE propôs que a Câmara Municipal de Santarém concluísse, em 2023, o concurso aberto para seleção de Bombeiros Sapadores; a alteração do regulamento dos subsídios de arrendamento; o congelamento das rendas residenciais e comerciais municipais e o aumento de 23 mil euros da verba para os serviços municipais de psicologia. De realçar que entre as propostas chumbadas pelo governo autárquico do “bloco central”, encontravam-se uma proposta que aumentava a verba do Orçamento Participativo para 50 mil euros e o comprometimento de adoção da Tarifa Social da Água automática. Apesar de o BE ter sido o único partido a apresentar modificações ao Orçamento Municipal, PSD e PS preferiram manter o documento inalterado. Para o Bloco, o documento falha por não estar minimamente ligado à realidade atual e é demonstrativo da falta de coragem do executivo do “bloco central” em intervir no mercado da habitação e em criar uma resposta séria no combate às dificuldades económicas vigentes. O executivo municipal de bloco central, PSD/PS, com o documento que apresentou à oposição, prefere dar um salto de fé colocando a ideologia de mercado à frente das responsabilidades que a inflação e a crise económica colocam, no que concerne ao empobrecimento das pessoas», acrescenta o mesmo texto.
