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SANTARÉM – Bispo José Traquina justifica continuidade em funções de padre condenado por pedofilia: «Trata-se de uma depressão… e fez coisas que não devia»

O bispo de Santarém, José Traquina, está a ser alvo de duras críticas pela forma como justificou a continuidade em funções do padre António Júlio Santos, condenado a um ano e dois meses pela prática de abuso sexual de menores, sendo que as vítimas foram duas meninas, de 11 e 12 anos. António Júlio Santos está ao serviço na Paróquia de Almoster e Vale de Santarém, no concelho escalabitano. O bispo de Santarém foi, então, questionado perante este cenário e referiu que o pároco condenado sofre de «depressão». Em declarações prestadas à SIC Notícias, José Traquina refere-se mesmo ao padre como «um pedófilo não-compulsivo», assegurando que está ser feito um acompanhamento psiquiátrico ao condenado: «Pelos exames a que ele foi sujeito (…) chegou-se à conclusão de que se trata de uma depressão e faz coisas que não devia. Essa perturbação depressiva não se configura com um pedófilo obsessivo, um pedófilo compulsivo. Nessa progressão não houve mais casos. E também não havia antecedentes criminosos. Estamos perante uma situação que pode corresponder a um momento de perturbação e não ter continuidade. Oxalá que não pois estão pessoas em causa. Nenhum cristão me disse que não ia à missa por estar lá aquele padre».