O diretor do Aeródromo Municipal Cosme Pedrógão, em Santarém, Filipe Almeirante, faz um balanço “muito positivo”, do simulacro de emergência à escala total, realizado nesta segunda-feira, dia 28 de outubro. O simulacro que envolveu cerca de cento e sessenta (160) elementos, de várias entidades, metade deles afetos diretamente às operações de socorro à colisão entre um helicóptero e um avião civil, que provocou onze (11) feridos e um (1) morto, contou com a participação de João Teixeira Leite, Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Beatriz Martins, Vice-Presidente da autarquia Scalabitana, e de Alfredo Amante e Carlos Martinho, vereadores do Município de Santarém. O simulacro de emergência à Escala Total, realizado no âmbito do Plano de Emergência do Aeródromo Municipal, envolveu várias entidades e “Correu dentro dos parâmetros que tínhamos previsto. Detetámos um ou outro ponto a ajustar, mas nada de grave. E é justamente para corrigir eventuais falhas que fazemos estes simulacros”, referiu Filipe Almeirante, diretor do Aeródromo de Santarém, que salientou uma “ótima coordenação” entre todas as entidades envolvidas. Filipe Almeirante explicou que este tipo de simulacros são obrigatórios para testar e avaliar a capacidade de socorro em caso de acidente aéreo, tendo de ser feitos com a periodicidade mínima de dois anos, sob supervisão da Autoridade Nacional da Aviação Civil – ANAC, que só após parecer positivo emite o certificado necessário ao funcionamento do aeródromo. O Presidente da Câmara de Santarém, João Teixeira Leite, responsável máximo pela proteção civil, também acompanhou o simulacro, e destacou “o esforço que a autarquia tem feito na melhoria das condições do Aeródromo Municipal Cosme Pedrógão, uma estrutura que considerou fundamental para toda a região”. João Teixeira Leite assumiu ainda que “o Município de Santarém vai reforçar a Companhia de Sapadores Bombeiros de Santarém com mais meios operacionais e humanos”, e, sem revelar pormenores, referiu que “na próxima época de combate a incêndios, o aeródromo vai ver a sua capacidade de resposta aumentada”.
Dezenas de operacionais em Ação – O simulacro começou às 9h49, com o helicóptero de combate a incêndios sediado no aeródromo (Hotel 34) a ser acionado para um incêndio rural na localidade de Biscainho, no concelho de Coruche. Já no regresso, o meio aéreo, com um piloto e cinco elementos da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro – UEPS da GNR – Guarda Nacional Republicana, sofreu um incêndio no compartimento do motor, que rapidamente se estendeu à cabine, tendo efetuado uma aterragem de emergência, no Aeródromo de Santarém. Ao aterrar, o helicóptero colidiu com um avião civil que transportava cinco pessoas e estava a fazer uma descolagem não autorizada na pista principal do aeródromo. O acidente provocou onze (11) vítimas, a maior parte com fraturas e queimaduras de gravidade variável, obrigando a desencadear uma operação de socorro que envolveu cerca de sessenta (60) operacionais de várias corporações da região, apoiados por treze (13) viaturas, quatro (4) Veículos de Comando Tático (VCOT), dois (2) Veículos Urbanos de Combate a Incêndio (VUCI), e dois (2) tanques. Assim que se percebeu a dimensão do desastre aéreo, a proteção civil montou um hospital de campanha no aeródromo, onde a equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação – VMER do Hospital de Santarém, triou os vários feridos, entretanto transferidos para o Hospital Distrital de Santarém, através de um corredor de passagem pela Cidade, criado com o apoio da PSP – Polícia de Segurança Pública. A tentativa de descolagem não autorizada levantou suspeitas à PSP, que enviou para o local cerca de duas dezenas (20) de elementos, que, após detetarem e deterem um dos passageiros a tentar fugir do local, descobriram que o avião transportava armas e cerca de cinquenta (50) quilos de estupefacientes, tendo toda a área sido delimitada e o material ilícito apreendido. Além do pessoal afeto ao aeródromo, o simulacro contou com a presença de vários inspetores da ANAC, elementos das forças de segurança e de diversas entidades externas da proteção civil, incluindo corpos de bombeiros, serviços de saúde pública e outras autoridades civis e militares. Na operação de socorro estiveram envolvidos os Bombeiros Sapadores e Voluntários de Santarém, as corporações de Alcanede, Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Pernes, Rio Maior e Salvaterra de Magos, a Cruz Vermelha, a equipa da VMER do Hospital de Santarém e a PSP. www.cm-santarem.pt
