A nível nacional, mais de um quinto das farmácias portuguesas, 21,4 por cento, entrou em 2018 na mesma situação, enfrentado processos de insolvência e penhora. No que ao distrito de Santarém diz respeito, 28,6% entra em 2018 numa situação de crise económica, sem garantias de sobrevivência. A crise agudizou-se em 2017, estando agora 630 farmácias num universo de 2.943 em situação económica difícil, de acordo com o barómetro MOPE, do Centro de Estudos de Avaliação em Saúde (CEFAR). Em Santarém são 42 as farmácias em dificuldade. «A economia portuguesa tem dado passos em frente, mas as farmácias continuam a viver num clima de crise e austeridade», declara Paulo Cleto Duarte, presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF). As farmácias são a maior rede de serviços de saúde em Portugal e a melhor distribuída pelo território. «Apesar das dificuldades, os farmacêuticos e as suas equipas vão continuar a lutar para continuar a oferecer às populações mais isoladas acesso aos cuidados de saúde», declara o presidente da ANF.