O projeto BioAromas liis – Laboratório de Inovação e Integração Social, a funcionar no Centro Ciência Viva da Floresta, foi visitado pela Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, e pelo Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, no dia 25 de janeiro no âmbito da iniciativa Governo Mais Próximo. Os dois governantes tiveram a oportunidade de visitar as recém-inauguradas instalações afetas ao projeto e acompanhar todo o processo de produção de plantas aromáticas e medicinais em modo biológico que ocupa os dez jovens e adultos acompanhados pelo projeto. João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, contextualizou esta resposta de inclusão social para maiores de 18 anos que resultou de uma candidatura aprovada ao Portugal Inovação Social, que terminará em maio deste ano, permitindo que os jovens e adultos se tornem “cidadãos ativos”. A ampliação do CCVFloresta foi um custo suportado na totalidade pelo Município, investimento que ascendeu aos 200 mil euros. O autarca sensibilizou os responsáveis presentes para a necessidade de haver avisos no próximo quadro comunitário de apoio para garantir a continuidade do projeto. “Fica o compromisso que a Câmara Municipal já assumiu: ainda que não haja aviso, a Câmara há de suportar o projeto até que o aviso se abra e se não abrir vamos fazer mais um esforço para que tenha sucesso, porque acreditamos no projeto”. Em representação do investidor social do BioAromas – o Seminário dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – Virgílio Martins deixou o alerta para a necessidade de se pensar numa resposta social mais alargada, considerando que o suporte familiar poderá começar a falhar pela idade avançada de alguns dos cuidadores primários. “Cabe-nos a nós também antecipar essas situações, se queremos continuar com este projeto”, alertou. Isabel Ferreira, que garantiu a existência de apoios no âmbito da estrutura de missão Portugal Inovação Social e da CCDR-Centro para projetos desta natureza, destacou o bom exemplo do BioAromas liis e até a oportunidade de os escalar para outros territórios. “Este é de facto um dos melhores exemplos que temos porque é um projeto de inclusão social, mas inovador, utilizando vertentes ligadas à ciência e ao conhecimento, relacionadas com as ervas aromáticas e que tem um aspeto muito importante que é a oportunidade de negócio que este projeto cria e que lhe dá alguma sustentabilidade”, referiu. Nuno Fazenda destacou igualmente o bom exemplo do BioAromas liis, em que “se pode promover inclusão, com economia e promoção dos produtos locais”, também uma mais valia para o sector do turismo considerando que as tendências “demonstram que os turistas querem autenticidade, contacto com a natureza e experimentar e experienciar”: visitando o CCVFloresta podem visitar o projeto, provar as infusões criadas e comercializadas com marca É Capaz e ainda levá-las para casa. Acompanhando o ciclo das plantas aromáticas e medicinais, desde a sua plantação até à colheita, secagem e embalamento, Isabel Ferreira e Nuno Fazenda tiveram a oportunidade de ajudar os jovens e adultos nas suas tarefas diárias, que incluem ainda outros momentos que contribuem para o desenvolvimento das suas capacidades cognitivas e sociais.
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