Início CULTURA PROENÇA-A-NOVA – Confraria da Cereja realizou cerimónia capitular

PROENÇA-A-NOVA – Confraria da Cereja realizou cerimónia capitular

O VII Capítulo da Confraria da Cereja de Portugal realizou-se em Proença-a-Nova no dia 12 de junho, numa cerimónia que incluiu a entronização de quatro novos confrades: João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, Nuno Fernandes, presidente da Junta de Freguesia de Montes da Senhora, José Aníbal Mendonça, do Centro Social, Cultural e Recreativo da Freguesia de Montes da Senhora, e João Rosa, cerisicultor na Região da Cova da Beira. Manuel Raposo, juiz presidente da Confraria, destacou desde logo uma das primeiras funções desta organização: “defender e valorizar as regiões onde se produz este magnífico fruto”, numa área geográfica diversa. Realizando-se na altura de maior aperto para os produtores de cereja, já que coincide com a época da apanha e comercialização do fruto, o Capítulo é ainda uma forma de “juntar os confrades, homenagear quem produz e os concelhos que produzem”. Nas boas vindas, o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova destacou o papel das confrarias na promoção dos respetivos produtos, mas igualmente dos territórios. João Lobo salientou ainda o papel desempenhado pelo atual vereador Carlos Gonçalves, igualmente confrade na Confraria da Cereja, de incentivo para acolher o presente capítulo e a entronização de novos confrades do concelho. “Proença-a-Nova é de facto produtor de cereja, essencialmente numa área que começa em Sobreira Formosa até aos Montes da Senhora, num corredor junto a duas linhas de água que tem condições diferenciadas para a produção de cereja”, referiu João Lobo. Não sendo tão conhecida como a cereja do Fundão, “que tem grande capacidade de produzir em quantidade e fez promoção muito bem feita e hoje colhe esses frutos”, este tem sido um produto que está a conquistar cada vez mais espaço, até em produtos associados, como o licor ou as compotas. Adiantou ainda que o território tem outros produtos que podem dar origem a uma nova confraria, por exemplo o plangaio. “A nossa gastronomia resulta desta ligação entre a fragilidade do território e a resiliência da nossa gente que do pouco sempre consegue gerar valor”, afirmou. Para além de elementos da Confraria da Cereja, agora com quatro novos confrades, estiverem presentes no VII Capítulo representantes das confrarias da Cherovia e Panela no Forno, da Pastinaca e do Pastel de Molho da Covilhã, do Cabrito Estonado, do Chícharo, das Tripas à Moda do Porto, da Marmelada de Odivelas, dos Carolos e Papas de Milho e Caldeirada do Peixe e do Camarão de Espinho, para além da Federação Portuguesas das Confrarias Gastronómicas.