A apresentação do livro “Texto e Contexto. Pretexto para…”, de Gil Dias, foi o mote para reunir no dia 25 de fevereiro, no auditório municipal, familiares, amigos, colegas de trabalho e antigos e atuais alunos que homenagearam a dedicação e serviço público do seu autor ao longo das últimas décadas. Apesar de referir que a obra é uma coletânea de textos e não uma autobiografia, existem muitas referências à vida comunitária, seja através do trabalho que desenvolveu na escola pública, nas associações locais ou na política. “Nesta autobiografia, que ele não quer que seja, mas é uma autobiografia do domínio coletivo, todos nós temos aqui um bocadinho, ou seja, são as vivências dele connosco. Por isso este livro não é só dele, é de todos nós”, referiu o vice-presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Manso, que recordou muitas das suas facetas, para além da de professor: inventor, enólogo, agricultor, cantor, treinador de futebol ou organizador de eventos, só para nomear algumas.
João Manso salientou ainda o contributo de Gil Dias na coordenação do livro dos 40 anos do poder local democrático em Proença-a-Nova, editado pelo Município, ou do livro sobre os 40 anos do Grupo Coral, bem como o apoio dado na dinamização de algumas tertúlias, tendo ficado por realizar um encontro dedicada à gastronomia e literatura que foi cancelado devido à pandemia. O presidente da Câmara Municipal, João Lobo, reforçou, por sua vez, a intervenção política de alguém que, sendo do concelho vizinho de Oleiros, se tornou proencense. “O Gil deu-nos este momento para traduzir, mais uma vez, a condição da alma proencense porque é nela que reside grande parte deste livro porque também foi aqui que ela foi vivida”. Quanto ao livro, que na capa apresenta um esboço de um homem, Gil Dias refere ser da autoria dos artistas Silvia Mathys e Cavalheiro Cardoso, com o nome «um homem faz-se». “Esse homem que se faz, ou que se foi fazendo, sou eu e obviamente que não estou feito porque nunca chegaremos à completude nesta vida. Mas é neste homem que se foi fazendo que alguns dos textos deste livro nos dão conta”, acrescenta. Esta coletânea junta dedicatórias, homenagens, intervenção cívica e política ou textos a concurso e acabam por fazer com o que autor enfrente um dos seus maiores temores: o de se expor. Isabel Barroso, cunhada de Gil Dias que fez a revisão do livro, recordou o percurso de uma vida deste “homem de muitos ofícios e habilidades” que desde cedo “evidenciou talento, tanto de prosador como de trovador”, “dedicado à profissão, à família e aos amigos”. Recordou o papel desempenhado como impulsionador da escola pública no concelho e os dois mandatos realizados na Assembleia Municipal. “Vários foram os cargos em que os seus pares lhe reconheceram capacidade de liderança para construir pontes, como quando o elegeram presidente do Conselho Diretivo, do Conselho Geral e do clube desportivo local”. Durante a apresentação foram lidos poemas de homenagem aos pais de Gil Dias, bem como outros poemas que fazem parte da obra, e vários convidados partilharam testemunhos da sua ligação com o autor. Editado com o apoio do Município, o livro pode ser requisitado na Biblioteca Municipal e respetivos polos.
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