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PORTO DE MÓS – Está inaugurado o Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia

O Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, inaugurou o Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia de Porto de Mós. Segundo o Secretário de Estado, Nuno Russo, este investimento efetuado pela Câmara Municipal de Porto de Mós «deveria servir de exemplo e que deveria ser replicado pelas restantes Câmaras do país». A construção e entrada em funcionamento do Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia insere-se nas políticas de proteção animal que a autarquia tem vindo a desenvolver e «é a concretização de mais um compromisso deste Executivo». «Estamos perante Instalações, cujo investimento ascende a cerca de 250.000€, com apoio estatal no valor de 50.000€, e que estão devidamente equipadas por forma a proporcionar o bem-estar aos animais acolhidos, o seu tratamento e vacinação, identificação eletrónica e respetiva esterilização, com o objetivo de se promover e concretizar a sua adoção. Só assim será possível evitar a eminente saturação deste espaço e a impossibilidade de darmos seguimento ao normal processo de recolha. Um CRO não pode ser visto pela sociedade como um depósito de animais de companhia, que consegue resolver todos os problemas dos animais abandonados e acima de tudo que tem capacidade infinita. Por isso, entendo que seria importante que todos os que querem ter um animal de estimação fossem avaliados da sua vontade e até das condições, antes de tomarem a decisão mais fácil que é recebê-lo, habitualmente ainda bebé, como se duma experiência se tratasse. Os animais crescem, exigem disponibilidade e muita generosidade e carinho, coisa que infelizmente nem sempre existe. E o passo seguinte é o abandono! Ter um animal de estimação exige que sintamos que ele é feliz connosco e exige que nós estejamos felizes com ele… Efetivamente, de acordo com dados oficiais, em 2019 foram identificados cerca de 32.000 animais de companhia abandonados. São números que infelizmente não traduzem a realidade do que se passa no nosso Pais, porque para as estatísticas contam apenas os animais acolhidos pelos CRO, completamente sobrelotados e por isso mesmo, com muitas dificuldades em retirar novos animais da rua. É por isso fundamental um maior entendimento, cooperação e intervenção entre todas as entidades públicas e privadas envolvidas na prevenção do abandono de animais, sem dúvida um problema estrutural do nosso País que por si só a abertura dos Centros de Recolha Oficial e a responsabilização dos Municípios certamente não resolve», refere uma nota de imprensa da autarquia.