Nos últimos dias, surgiram na cidade nabantina rumores sobre uma alteração do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo, desviando actividades do Hospital de Tomar para a Unidade de Torres Novas. Na realidade, a Oncologia Pulmonar é assegurada há vários anos por um pneumologista com experiencia nesta área, desenvolvendo consultas e tratamentos (por exemplo, quimioterapia) relativos à doença oncológica respiratória (cancro do pulmão e pleura). As actividades são efetuadas no Hospital de Dia, um espaço físico no piso 6 do Hospital de Tomar, onde são também seguidos e tratados os pacientes que apresentam doenças tumorais de outros órgãos. Recentemente foi até contratada para a Unidade de Tomar uma médica de Oncologia, de modo a garantir aos doentes consultas de decisão terapêutica realizadas num ambiente de equipa multidisciplinar. Os doentes que conhecem o Serviço observam o número considerável de consultas e tratamentos de quimioterapia, pelo que os custos para o erário público são bem menores face ao que seriam caso os doentes passassem a ser tratados em localidades mais distantes, como por exemplo Torres Novas. A situação clínica dos doentes, muitos fragilizados, também aconselha o seu tratamento próximo do local onde residem, de forma a evitar os “embaraços” e os custos sistemáticos de transportes de ambulância ou táxi. Por todas estas razões, têm chegado relatos à redacção da Hertz que demonstram preocupação face a uma eventual suspensão das actividades oncológicas em Tomar, pelos prejuízos e desconfortos que causariam aos doentes, pelos custos acrescidos nas deslocações e ainda pelo afastamento de especialistas com actividades próximas e complementares.
