Paulo Fernando, treinador da União Abrantina, deu voz ao descontentamento do clube face ao que diz ter acontecido o jogo diante do União de Almeirim, que contou para a 16ª jornada da 1ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Santarém. O técnico, e também dirigente, em entrevista à Hertz, deixou reparos à arbitragem neste duelo, considerando-a como prejudicial para a sua equipa. A situação terá sido de tal ordem que os jogadores da União Abrantina se recusaram mesmo a voltar ao campo para a segunda parte, valendo, na altura, a intervenção de Paulo Fernando que, nesta entrevista, começou por elogiar a postura dos almeirinenses: «Quero dar os parabéns ao mister Renato e a toda a direcção do União de Almeirim e a toda a direcção do clube. É com pessoas destas que o futebol tem valor. Gente humilde e gente que respeita o adversário. O futebol é isto. Quanto aos lamentos… Quando acontece o lance da grande penalidade. De onde estou não consigo ver se é ou não é. Mas o lance é do lado do fiscal de linha que está perto do nosso banco e ele foi peremptório a dizer ao árbitro que ele se tinha equivocado. Nós ouvimos tudo! O árbitro disse-lhe que já tinha apitado e, por isso, não ia voltar atrás. O fiscal continua a chamá-lo… E este mesmo auxiliar disse-nos que tinha feito o trabalho dele e que não se queria chatear com ninguém. As pessoas têm que assumir quando erram. Mas o mais grave da situação é que erraram e, depois, começaram a expulsar tudo e todos. Isto custa-me. Estávamos a disputar bem o jogo mas não nos deixaram fazer mais. As pessoas viram o trabalho tive ao intervalo ao puxar os jogadores para o relvado para a segunda parte. Eles não queriam! Disse-lhes para esquecerem o jogo. A segunda parte, para mim, não existiu. Respeito toda a gente e tenho muitos amigos que são árbitros pelo que me custa estar a dizer isto. Neste momento, acho que as coisas estão um pouco mal para o lado da arbitragem. Toda a gente se anda a queixar. Algo está mal. Em dois jogos, temos seis expulsões e quinze cartões amarelos. Estou magoado, estou triste… Os meus jogadores, que estão a começar no futebol sénior, ficam uma má imagem. Podem fazer-me o que quiserem mas os meus jogadores merecem respeito. Até podemos descer de divisão mas desde que isso aconteça de consciência tranquila, está tudo bem». Foto União Abrantina/Facebook