Marco Teixeira, o pai do pequeno Martim – que esteve desaparecido na localidade de Amieira (concelho de Ourém) – vai processar Sandrina Silva, a mãe do menino, evocando negligência. A indicação foi avançada nesta quarta-feira e já confirmada por Lourenço Pinto que, em declarações à comunicação social, afirmou que «não pode nem deve abandonar-se uma criança por 10, 15, 20 ou 30 minutos — o que for — porque dá motivos para estas coisas», reforçando que «o dever objectivo de cuidado inclui vigilância e cuidado». «São palavras que não podem ficar apenas no dicionário», sublinhou. Recorde-se que Marco Teixeira, que trabalha em França, foi até apontado como possível responsável pelo desaparecimento do filho, algo que o próprio já fez questão de desmentir à Polícia Judiciária, com documentos comprovativos de que estava a trabalhar na altura em que Martim desapareceu. O pai da criança não gostou de algumas insinuações que apareceram nas redes sociais e, nesse sentido, vai avançar para Tribunal. Entretanto, numa nota de imprensa publicada no site da Câmara Municipal de Ourém, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) esclarece que Martim «nunca teve processo de promoção e protecção nesta CPCJ». No referido comunicado, assinado por Paulo Fonseca, presidente da autarquia e também responsável máximo pela Comissão, é ainda referido que a entidade «aguarda o trabalho das entidades competentes» e «na eventual necessidade de protecção, a CPCJ irá intervir nos termos das suas competências».